Funeral de Jorge Coelho será no sábado em Mangualde
O velório de Jorge Coelho, que morreu aos 66 anos, realizar-se-á amanhã, na Basílica da Estrela, em Lisboa, onde haverá uma missa. Depois, o corpo segue para Mangualde, terra natal do socialista, onde será, no sábado, o funeral.
O ex-ministro morreu na quarta-feira, aos 66 anos. De acordo com a PSP de Coimbra, teve um AVC quando visitava uma residência na zona turística da Figueira da Foz.
Jorge Coelho, militante destacado do PS, e que o país guardou na memória como ministro das Obras Públicas que se demitiu após a queda da ponte de Entre-os-Rios, morreu quarta-feira e as reações de várias figuras políticas foram muito emotivas, incluindo as das principais figuras do Estado.
António Costa, de olhos marejados, disse que Jorge Coelho "foi sobretudo um amigo de todos nós" encarnando como poucos a "alma socialista". "Não era só um camarada, era um amigo de todos nós", sublinhou o chefe do governo e líder do Partido Socialista. Recordou-o também como "uma força da natureza que ajudou o PS a reerguer-se" de dez anos na oposição (1985-1995). Prometeu ainda que depois da passada a pandemia o PS o irá homenagear de forma devida, sem a "contenção" que o covid-19 impõe.
Numa nota no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa escreveu que "desaparece uma das mais destacadas personalidades da vida pública portuguesa nas décadas de 1980 e 90 e no início deste século, em que foi governante, parlamentar, conselheiro de Estado, dirigente partidário, analista político e gestor empresarial".
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, afirmou-se "ainda em choque" com a notícia da sua morte. "Foi sempre um verdadeiro camarada e um amigo" e além disso "uma força tremenda da democracia", "uma verdadeira máquina de fazer política".
António Guterres manifestou-se "chocado" pela perda do "amigo queridíssimo". Com a voz embargada, num depoimento à SIC, frisou que sempre o acompanhou "nos momentos decisivos" da sua vida. "Era a alegria de viver, era a personificação da vida. Nem sequer consigo aceitar", disse o secretário-geral das Nações Unidas, desfiando um rol de qualidades de Jorge Coelho: "Tinha enorme capacidade", "era um político inteligentíssimo".