Freira contra Katy Perry. Religiosa ainda está contra venda de convento à cantora
Duas freiras da Congregação do Mais Sagrado e Imaculado Coração da Abençoada Virgem Maria são as últimas habitantes do convento do Sagrado Coração de Maria, em Los Angeles. Em 2011, a arquidiocese pede às duas que abandonem estas instalações, com o intuito de as vender.
A compradora foi nada mais nada menos que a cantora pop Katy Perry. O problema: as duas irmãs Rita Callanan e Catherine Rose Holzman dizem ser as verdadeiras proprietárias do convento e lutam contra esta venda. Consideram a artista demasiado sexy e com um estilo de vida demasiado afastado dos princípios cristãos.
A 9 de março de 2018, o tribunal dá razão à cantora e à arquidiocese. É nessa sessão de julgamento que morre Catherine Rose Holzman, de 89 anos. Antes disso, disse: "Katy Perry. Por favor, para." Mais de um ano depois, Rita Callanan, de 81 anos, continua a acusar a cantora pela morte da amiga e irmã da mesma congregação. "Ela tem sangue nas suas mãos", disse, numa entrevista ao tabloide norte-americano New York Post . A irmã queixou-se ainda que também a sua saúde se deteriorou - garante ter ficado quase paralisada, falida e sem casa - em consequência da luta em tribunal contra a venda do convento.
As duas religiosas defendiam que tinham comprado o convento em 1972, ao que tudo indica com dinheiro angariado pelo aluguer do espaço para a rodagem de filmes. Quando a arquidiocese lhes pediu para sair em 2011 - ou as forçou a sair, segundo a versão de Rita Callanan -, as irmãs decidiram vender o convento o que acabou por acontecer em 2015. A empresária Dana Hollister foi a compradora dos 30 mil metros quadrados da propriedade.
A questão é que a arquidiocese reclama que as freiras não tinham autoridade para o fazer. E, em 2018, o tribunal anulou a venda das irmãs e decidiu que estas tinham de indemnizar a cantora e a arquidiocese em 15 milhões de dólares (13.2 milhões de euros).
Já que Katy Perry tinha comprado o convento em 2015, por 12.8 milhões de euros. A imprensa refere mesmo que a cantora tentou convencer as irmãs a ficar do seu lado, de forma a evitar uma batalha em tribunal. Tendo passado a vestir-se de forma mais sóbria, mostrado a sua tatuagem com o nome "Jesus" e ter cantado em sua honra o hino gospel Oh Happy Day.