Francês detido após aterrar em Marrocos com facas e botija de gás na bagagem

O cidadão francês é convertido ao islão e terá sido radicalizado
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Um cidadão francês considerado radicalizado foi detido no domingo em Marrocos após viajar na companhia aérea de baixo custo Ryanair com facas, uma botija de gás e um capuz negro na bagagem, anunciaram hoje as autoridades francesas.

O homem, de 31 anos, estava há três meses em prisão domiciliária em França e saiu de França pelo aeroporto de Nantes, apesar dos elevados níveis de segurança no país, que ainda está sob o estado de emergência devido aos atentados de novembro em Paris, que fizeram 130 mortos.

O homem foi detido à chegada a Fez, no norte de Marrocos, onde as autoridades descobriram os objetos proibidos na sua bagagem, informa a mesma fonte, que confirma a notícia avançada pelo diário local Presse-Océan. Segundo uma fotografia difundida pelos media marroquinos, na bagagem parecia haver pelo menos quatro facas de cozinha, um machete, dois canivetes, umas matracas retráteis, um capuz negro, uma botija de gás e outros objetos.

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Manuel Broustail, ex-militar convertido ao islão, fora detido em novembro em Angers, após os atentados de Paris, tendo ficado em prisão domiciliária até meados de fevereiro. No domingo, Manuel Broustail apresentou-se no aeroporto e, segundo as autoridades francesas, nada o impedia de sair de território francês.

Desde os atentados de novembro, a França está sob o estado de emergência, um regime de exceção que facilita as investigações e detenções de suspeitos. Os meios radicalizados são alvo de uma vigilância reforçada.

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"No quadro da cooperação entre França e Marrocos", o homem foi sinalizado às autoridades marroquinas e "a sua detenção [no aeroporto de Fez] não foi completamente aleatória", disseram as fontes.

Segundo as autoridades francesas, a bagagem de mão de Manuel Broustail foi controlada no embarque e não continha nada de suspeito. Já a bagagem de porão foi controlada pelos detetores eletrónicos, que não reagiram, acrescentaram as autoridades francesas, assegurando que "todos os procedimentos de segurança foram respeitados" no aeroporto de Nantes.

Segundo fontes próximas da investigação, o homem tinha-se mudado para Marrocos com a mulher no verão passado e tinha regressado a França para vender o seu apartamento.

Questionada pelos jornalistas, a companhia aérea irlandesa Ryanair afirmou que a responsabilidade é "das autoridades de segurança do aeroporto de Nantes". Até ao momento, nenhuma fonte oficial marroquina confirmou ou comentou a informação.

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