França vai analisar amostras recolhidas na Síria

As autoridades francesas vão analisar amostras recolhidas na Síria por dois jornalistas que noticiaram que o exército estava a usar armas químicas contra os rebeldes, indicou hoje fonte oficial, citada pela agência noticiosa francesa AFP.
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O alto responsável do Governo francês, que falou sob a condição de anonimato, afirmou que as amostras foram entregues às autoridades pelos jornalistas, mas sem especificar o tipo de amostras em causa. "Concordámos em analisá-las", disse.

À semelhança dos Estados Unidos e do Reino Unido, a França já procedeu à análise das suas próprias amostras e concluiu que existiam "indícios mas não provas formais" do uso de armas químicas na Síria, acrescentou.

Os enviados especiais do diário Le Monde dizem que foram "testemunhas e durante dias seguidos" do uso de explosivos químicos e dos seus efeitos sobre os combatentes na frente de Jobar, "um bairro situado à saída de Damasco onde a rebelião entrou em janeiro".

Os jornalistas indicaram ter reunido relatos de testemunhas sobre a utilização de armas químicas numa vasta área em torno de Damasco.

Esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, referiu-se, em Bruxelas, a "crescentes suspeitas sobre a utilização de armas químicas" na Síria pelo exército, fazendo uma alusão a indícios do "uso localizado" das mesmas.

As Nações Unidas lançaram um novo apelo a Damasco para deixar os seus peritos em armas químicas investigar na Síria, tendo em conta "as informações cada vez mais numerosas" sobre o recurso a essas armas no conflito.

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