França vai ajudar à paz israelo-síria

Sorte do soldado Gilad Shalit será discutida pelos dois jovens presidentes.
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Nicolas Sarkozy iniciou, ontem, uma visita oficial de 48 horas à Síria. Como Chefe do Estado da França e como presidente em exercício da UE. Ao fazê-lo, é o primeiro dirigente do Ocidente a deslocar-se à Síria em cinco anos.


"Sincero e construtivo" foi como, em conferência de imprensa conjunta em Damasco, o Presidente sírio qualificou a reunião que manteve com o seu homólogo francês.


Bachar al-Assad disse ainda ter pedido a Sarkozy para "desempenhar um papel nas negociações indirectas", retomadas em Maio entre a Síria e Israel , porque "são o único meio de chegar às negociações directas". Assad sublinhou que estas últimas "têm a necessidade da presença dos EUA ao lado das outras partes que participam neste processo".


Sarkozy, que é o primeiro presidente do seu país a visitar a Síria em seis anos, não se fez rogado e garantiu: "O papel da França será aquele que os actores [interessados] lhe pedirem para desempenhar."


Israel e a Síria encontram-se formalmente em estado de guerra desde 1948, embora tenham assinado armistícios. Damasco exige, para fazer a paz com Telavive, que lhe sejam devolvidos os montes Golã, ocupados na Guerra de 1967. Israel recusa alegando questões estratégicas. Que não são propriamente de ordem militar: no caso dos Montes Golã a questão é mesmo a da água.
A situação do soldado israelita, Gilad Shalit, raptado em 2006 por um comando palestiniano junto da Faixa de Gaza, é um dos temas que Sarkozy e Assad têm em agenda.


Esta visita de Sarkozy, que participa hoje numa cimeira quadripartida em Damasco, insere-se na sua ofensiva para relançar a influência da França no Médio Oriente, onde a Síria tem papel significativo.

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