França muda lei para tornar doação de órgãos automática
A França mudou a lei da doação de órgãos para que todos sejam potenciais dadores, em caso de morte, a não ser que se inscrevam num registo de não dadores, tal como acontece em Portugal.
Até agora, só eram dadores pessoas que tivessem manifestado essa intenção. Nas outras situações os médicos tinham de consultar a família - que, em quase um terço dos casos recusava a doação.
Com a nova lei as pessoas que não quiserem ser dadores têm de se inscrever num registo - até agora há 150 mil inscritos. Há ainda outra opção: deixar um documento escrito e assinado ou indicações claras à família.
A mudança da lei visa aumentar as taxas de doação já que no país, e em toda a Europa, há milhares de pessoas à espera de órgãos.
Em Portugal, todos os cidadãos nacionais residentes que não estejam inscritos no Registo Nacional de Não Dadores (RENNDA) são considerados possíveis dadores de órgãos e tecidos. O RENNDA, que foi criado em 1994 com o objetivo de viabilizar um eficaz direito de oposição à dádiva, tem mantido um número estável de inscritos, inferior a 40 mil, correspondendo a 0,4% da população portuguesa.