França defende disciplina nas contas
"A França não pratica a austeridade. Há que ir a Espanha para saber o que é a austeridade, há que ver em Portugal o que é a austeridade", defendeu o primeiro-ministro numa entrevista à rádio RTL.
Jean-Marc Ayrault negou que o Governo francês tenha "duas linhas políticas" na aplicação de medidas de saneamento das contas públicas, numa alusão ao seu ministro da Reconstrução Produtiva, Arnaud Montebourg, que se mostrou contrário a uma política de cortes sem estímulos ao crescimento.
"Só há uma linha política, a do ajustamento", disse o primeiro-ministro, defendendo que as políticas de controlo das contas públicas não se podem qualificar como "austeridade".
"O objetivo final é que a França volte a ser um dos líderes da Europa", reforçou Ayrault, acrescentando que se o país abandonasse a "seriedade orçamental, a redução da dívida e a do défice", ficaria nas mãos dos mercados financeiros.
O primeiro-ministro reconheceu que o seu Governo está a "correr contra o vento", mas assegurou que, nestas circunstâncias, "não é altura para mudar o rumo".