Presidente não desapareceu. "Está a ajudar a justiça"

Dono da Fidelidade esteve "desaparecido" mais de 24 horas, suspeitando-se que teria sido detido em Xangai
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Guo Guangchang está como assistente em investigações que estão a ser realizadas pela justiça chinesa. Termina assim o mistério do paradeiro do presidente e principal acionista da Fosun, que ontem ficou incontactável por volta do meio dia local (quatro horas da manhã em Lisboa). A informação foi avançada pela Fosun através de um comunicado, garantindo que Guangchang pode participar nas decisões da empresa.

As ações do grupo tinham sido suspensas, mas na segunda-feira voltará a ser possível negociá-las. O comunicado refere ainda que os diretores do grupo consideram que a investigação não tem qualquer impacto adverso na situação financeira da Fosun.

O empresário chinês esteve "desaparecido" durante mais de 24 horas. Informações online davam conta que Guangchang teria sido detido ao chegar a Xangai.

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A Fosun conta com uma participação de 5,3% na REN através da seguradora Fidelidade - que comprou à Caixa Geral de Depósitos em 2014 - e detém a Luz Saúde (ex-Espírito Santo Saúde). O grupo chinês esteve também em negociações com o Banco de Portugal para ficar com o Novo Banco. A Fosun ficou entre as três finalistas e quando a negociação entre o Banco de Portugal e a Anbang (vencedora da corrida) falhou, o grupo de Guo Guangchang foi chamado a sentar-se à mesa com Carlos Costa. O negócio acabou por não acontecer.

Nascido na província de Zhenjiang, Guo fundou o grupo Fosun em 1992. O conglomerado controla atualmente, a nível internacional, inúmeras empresas do setor farmacêutico, imobiliário, retalho, aço, minas, seguros e fundos de investimento.

Com uma fortuna pessoal de 6,61 mil milhões de euros, Guo Guangchang é o 11.º homem mais rico da China, segundo dados publicados pela revista norte-americana Forbes.

As autoridades chinesas mantêm um apertado escrutínio sobre o setor financeiro do país desde que, entre meados de junho e o dia 9 de julho, a bolsa de Xangai desvalorizou 30%, depois de ter avançado 150% no espaço de um ano.

No último ano, segundo os dados compilados pela agência Bloomberg até julho, o gigante empresarial, dono do Club Mediterranee, anunciou 10 aquisições num total de 6,4 mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros).

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