As Forças Armadas enviaram para Miranda do Corvo duas máquinas de rasto do Exército português e da Força Aérea, para apoiarem na abertura de caminhos que facilitem o acesso dos operacionais que combatem os incêndios nesta localidade..Em comunicado, o Estado Maior-General das Forças Armadas explica que as máquinas já se encontram a operar e que o apoio surge no seguimento de um pedido da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)..Com uma tripulação de cinco militares cada, estão empenhados 10 militares, cinco do Exército e cinco da Força Aérea..O incêndio de Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, continua a preocupar a Proteção Civil, que mantém no local mais de 600 operacionais e nove meios aéreos, prevendo-se a continuação das condições meteorológicas adversas..Em conferência de imprensa, o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) afirmou que os incêndios que deflagraram em Valpaços, Sertã e Miranda do Corvo foram os que maiores preocupações causaram entre as 189 ocorrências detetadas nas últimas 24 horas, que obrigaram ao empenhamento de mais de sete mil operacionais.."Hoje vamos continuar a ter condições meteorológicas muito adversas, devido ao vento e à humidade relativa, e vai implicar ainda um trabalho muito apurado no incêndio de Miranda do Corvo", acrescentou..O fogo de Miranda do Corvo lavrou a noite toda, desenvolveu-se numa área de difícil acesso e que tinha disponíveis muitos combustíveis finos, levando Duarte Costa a admitir que a proteção civil continua atenta devido ao vento e à falta de humidade relativa nos combustíveis (ervas), o que implica uma vigilância "muito apertada"..Duarte Costa destacou também os 12 feridos provocados pelos fogos da Sertã e de Miranda do corvo..No combate ao fogo da Sertã ficaram feridos oito bombeiros voluntários e um civil e um elemento da força especial dos bombeiros. Em Miranda do Corvo dois bombeiros voluntários ficaram com ferimentos ligeiros.