Foi uma "perda imensa" para as artes

O escultor José Pedro Croft considera que Alberto Carneiro "marcou profundamente" a arte portuguesa.
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O escultor José Pedro Croft disse hoje que a morte do artista plástico Alberto Carneiro representa "uma perda imensa" para as artes em Portugal.

Em declarações à agência Lusa, a propósito da morte do artista plástico, hoje aos 79 anos, José Pedro Croft disse que Alberto Carneiro "era um grande escultor", que "marcou profundamente [a arte desde] os anos 1970 até hoje".

"Não só pela obra que deixou e pelo ar radical com que tratou a natureza e as funções do corpo, mas também pelos trabalhos que fez de desenho, fotografia e performance e também pelos materiais que utilizou, como o granito e a madeira", sublinhou José Pedro Croft, respensável pela representação oficial portuguesa na Bienal de Arte de Veneza 2017.

O escultor frisou ainda que Alberto Carneiro "teve uma grande consciência sobre a importância da escultura e da escultura pública".

"Daí que durante muito tempo tenha convidado artistas para o parque de esculturas de Santo Tirso, uma obra que a ele se deve e para a qual realizou um trabalho muito minucioso e de grande qualidade", precisou José Pedro Croft.

Alberto Carneiro, 79 anos, morreu hoje, no Hospital de S. João, no Porto, onde estava internado.

Foi um dos nomes que mais "abriram novos caminhos para a prática artística em Portugal", na segunda metade do século XX, como destaca a sua biografia no sítio na internet, do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado.

Nasceu a 20 de setembro de 1937, em São Mamede do Coronado, concelho da Trofa, distrito do Porto, local ao qual se manteve ligado durante toda a vida.

Participou nas Bienais de Veneza e de S. Paulo, entre outras grandes exposições internacionais. Nas antológicas da sua obra, nos últimos anos, destacam-se as apresentadas na Fundação Calouste Gulbenkian e na Casa de Serralves, no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, no Centro Galego de Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea do Funchal, e na Casa da Cerca, em Almada.

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