Final emocionante e luta pelo título em aberto
A etapa portuguesa do circuito mundial deste ano, que ontem terminou, pode não ter tido as condições fabulosas de há um ano, quando em dois dias e meio se fechou a prova com tubos atrás de tubos durante todo o tempo. Mas os Supertubos voltaram a ser palco de muito espetáculo, com a nova geração a revelar que está pronto a tomar o seu lugar de referência no ASP World Tour, numa altura em que são os veteranos que continuam a dominar a luta pelo título.
O australiano Julian Wilson, de 23 anos, foi o grande vencedor numa final dramática frente ao jovem talento brasileiro Gabriel Medina. Foi na derradeira onda que Wilson alcançou a pontuação que precisava, ganhando com o somatório de 16.26 contra 15.37 de Medina, que saiu de Peniche a chorar.
Veja os melhores momentos do último dia do Rip Curl Pro.
[youtube:qweF3dFgvyk&feature]
Wilson subiu seis lugares no ranking, sendo agora sexto, enquanto Medina ascendeu um, ocupando o oitavo posto. Mas Peniche recebeu uma prova importante na luta pelo título, com Joel Parkinson a ser o mais beneficiado. O líder do ranking consolidou o primeiro lugar. Foi eliminado nas meias-finais por Medina, mas com as saídas de Kelly Slater na terceira ronda, Mick Fanning na quinta e a eliminação de John John Florence (o havaiano de 20 anos que se está a intrometer na luta entre veteranos) por parte do próprio Parkinson nos quartos-de-final, deixou o australiano mais perto de conquistar o seu primeiro título.
Porém, Parko, como é conhecido, falhou um dos seus grandes objetivos: vencer a etapa, pois apesar de liderar o ranking ainda não venceu qualquer prova este ano. Confira aqui a classificação do ASP World Tour.
A eliminação de Kelly Slater na terceira ronda - perdeu com Raoni Monteiro - acabou por não ser tão grave como se Parko tivesse vencido. O norte-americano, 11 vezes campeão do mundo, manteve a segunda posição. Faltam duas etapas para o fim do mundial, em Santa Cruz (EUA) de 1 a 11 de novembro e Pipeline (Havai) de 8 a 20 de dezembro.
Quanto ao português Tiago Pires, a nível exibicional foi a sua melhor prestação no Rip Curl Pro. Por duas vezes esteve perto de atingir pela primeira vez em Peniche a terceira ronda, mas voltou a não conseguir. Tem a sua situação complicada no ranking. Caiu um lugar, para 25.º, precisando de chegar pelo menos ao 22.º.