Cinema. "A Portuguesa" vence Festival de Las Palmas

Júri destaca a sensibilidade e o rigor de Rita Azevedo Gomes para conciliar o classicismo e a modernidade. Realizadora diz que o prémio incentiva a continuar
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O júri do 19.º Festival Internacional de Cinema de Las Palmas de Gran Canária, Espanha, decidiu entregar o prémio "Lady Harimaguada" de ouro ao filme A Portuguesa, de Rita Azevedo Gomes, foi este sábado anunciado.

"O rigor, lucidez e sensibilidade da autora para fazer conviver o classicismo com a modernidade numa crónica histórica" foram os principais destaques apontados pelo júri.

A realizadora disse que vencer o festival de Las Palmas "é animador" e constitui um incentivo: "Obviamente estou contente. É bom vermos o reconhecimento do que fazemos, mas, independentemente das vaidades, é sempre animador sentirmos que há reconhecimento e isso incentiva a continuar", disse Rita Azevedo Gomes, em declarações à Lusa.

"É bom para todos nós, para toda a gente que trabalhou no filme. Não fui só eu [...]. Às vezes não é fácil estes filmes um bocadinho diferentes passarem e, se há esse reconhecimento, é porque, se calhar, vale a pena continuar", sublinhou.

O júri do Festival Festival Internacional de Cinema de Las Palmas de Gran Canária entregou o segundo lugar ao filme chinês The Fragile House, de Lin Zi.

Desta longa-metragem o júri sublinhou "o retrato geracional de uma família que, além de qualquer convenção, capta as tensões e alienações da China contemporânea ao inventar uma linguagem cinematográfica singular e fragmentada sobre a dimensão espacial do plano".

O Festival Internacional de Cinema de Las Palmas entregou ainda uma menção especial ao filme Mother I am Suffocating. This is my Last Film About You, de Lemohang Jeremiah Moesse.

Outro dos títulos distinguidos nesta premiação foi a produção francesa Gracias a Dios, de François Ozon, que deu aos protagonistas Melvil Poupaud, Denis Ménochet e Swann Arlaud o prémio ex aequo de melhor ator.

Por sua vez, o prémio de melhor atriz foi para Snezana Bogdanovich, pela sua interpretação em Stitches, de Miroslav Terzi, e para Zita Hanrot pelo seu trabalho no filme francês Paul Sánchez est revenu, de Patrícia Mazury.

A longa-metragem Stitches também recebeu o Prémio do Público.

Na categoria curtas-metragens, o vencedor foi o trabalho de Emmanuel Marre, D'un Château l'autre.

O júri decidiu também entregar uma menção especial a Blessed Land, dirigido por Pham Ngoc Lan.

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