Filial angolana emprestou dinheiro ao Montepio. Operação está a ser investigada
Perto do final do prazo limite para o aumento de capital do Montepio Geral, em dezembro de 2013, o Finibanco Angola, a filial angolano daquele banco, concedeu três empréstimos no valor total de 35 milhões que terão sido utilizados naquela operação. Segundo a RTP o Banco de Portugal e o Ministério Público estão a investigar.
O primeiro empréstimo, de 20 milhões de euros, foi concedido a Paulo Guilherme, filho de José Guilherme, o construtor que foi notícia por ter dado 14 milhões de euros a Ricardo Salgado, antigo presidente do Banco Espírito Santo.
Segundo a RTP, o segundo empréstimo, de 12 milhões, foi dado a Eurico Brito, sogro de Paulo Guilherme. E o terceiro, de três milhões, terá sido feito a João Alves Rodrigues e movimentado para a conta da filha Maria João Rodrigues.
De acordo com a notícia da RTP, os três empréstimos foram investigados pelo Banco de Portugal e pelo Banco Nacional de Angola, tendo o supervisor português dado ordem para se retirar essas verbas dos capitais próprios do Montepio Geral.
O Banco de Portugal terá ainda feito uma denúncia ao Ministério Público por suspeitas de falhas no controlo de branqueamento de capitais.