Figueira da Foz. Comandante dos bombeiros acusado de abandonar o posto demitiu-se
De acordo com o JN, o pedido do comandante demissionário foi entregue na terça-feira (dia 16) e aceite pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, que nomeou interinamente o 2.º comandante dos bombeiros, Jorge Piedade, para o cargo de líder da corporação. O adjunto do comando, Carlos Pinto, foi também nomeado para a liderança dos bombeiros.
No pedido de saída das funções, Nuno Osório, justifica a decisão com a "determinação em não desgastar a Autarquia e o Município da Figueira da Foz, num momento em que a união de esforços é essencial para recuperar dos danos provocados pela intempérie, e a necessidade de poder livremente exercer o direito à defesa da honra".
Explicou que "nunca esteve em causa o comando e o controlo da operação e que a ausência por um período de três horas, por motivos familiares e de premência de um mínimo de descanso para manutenção das condições físicas e psicológicas necessárias e indispensáveis à tomada de decisões nas horas seguintes, foi devidamente preparada e acautelada".
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Nuno Osório já tinha confirmado a ausência do posto de coordenador da proteção civil municipal durante cerca de três horas na madrugada de domingo depois de o antigo responsável pela proteção civil municipal, Lídio Lopes, o ter acusado de "abandonar a coordenação das operações de socorro em plena crise, com a população a requisitar a maior ajuda".
Na sequência destas afirmações a autarquia da Figueira da Foz - uma das regiões mais afetada pela tempestade - tinha aberto um processo de averiguações.