Figo: "Real Madrid vai continuar a ser muito grande sem o Cristiano"

Antigo internacional português falou de Ronaldo numa conversa onde fez algumas revelações. Disse que Sergio Ramos merecia ganhar uma Bola de Ouro e que trocou o Barcelona pelo Real Madrid por razões de ordem financeira, prestígio e títulos.
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A crise do Real Madrid que em grande parte se pode justificar pela saída de Cristiano Ronaldo foi um dos temas abordados por Luís Figo durante uma tertúlia com José Moro, presidente da Bodegas Emilio Moro, e publicada em exclusivo esta quinta-feira pelo jornal Marca. Uma conversa onde o antigo internacional português falou ainda de histórias do passado e momentos que marcaram a sua carreira.

Sobre Ronaldo, e mais concretamente sobre a 'cristianodependência' do Real Madrid, Luís Figo foi bem claro: "Tratando-se de Cristiano Ronaldo ou Messi, ou de outro jogador que a dado momento foi o melhor do mundo, é normal que deixe marcas porque se trata do melhor do mundo. Os futebolistas permanecem, os treinadores saem quando há maus resultados. Mas os jogadores passam e os clubes ficam e o Real Madrid vai continuar a ser muito grande sem o Cristiano, apesar de ter sido muito, muito grande com ele", referiu.

Na mesma entrevista, Luís Figo assumiu que é um fã de Sergio Ramos, defesa central do Real Madrid, confessando que gostava de o ver vencer uma Bola de Ouro. "Pela sua qualidade merece uma Bola de Ouro. O facto de ser defesa torna as coisas complicadas, mas Cannavaro conseguiu conquistar uma Bola de Ouro sendo um defesa. Depende do momento, do ano e contra quem competes. Mas pela qualidade parece-me claro que o Sergio Ramos merecia", disse.

Figo, que já várias vezes foi apontado à presidência do Sporting, confirmou que se vê mais no cargo diretivo de um clube do que a treinar: "É uma vertente de que gosto mais do que propriamente poder ser treinador, talvez pelo facto de conhecer muito bem os jogadores."

O antigo internacional português, sem querer enunciar um treinador, falou ainda dos técnicos que mais o marcaram: "Tive a felicidade de ter ainda trabalhado com o Johan Cruyff (Barcelona), que para mim foi um mestre em termos de filosofia de jogo e de conceitos. O Carlos Queiroz foi o meu formador nas seleções e depois ainda o apanhei em outras etapas da minha carreira, como no Real Madrid e na seleção principal de Portugal. Também fui treinado por Del Bosque (Real Madrid) e José Mourinho (Inter Milão). É difícil eleger um porque todos foram importantes."

Concretamente sobre a sua carreira, marcada pelo momento em que trocou o Barcelona pelo rival Real Madrid, na temporada 2000/2001, Figo foi bem claro. "Quando fazes uma mudança pensas sempre que é para melhor. A minha primeira grande mudança foi quando troquei Portugal por Espanha, era muito jovem e fui à procura de uma nova experiência que me desse mais prestígio. No segundo momento (troca do Barcelona pelo Real Madrid) fui à procura de reconhecimento, tentando melhorar em todos os sentidos: economicamente, prestígio, títulos. E por último, quando assinei pelo Inter, fui à procura da minha felicidade em termos futebolísticos", explicou.

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