Fiança pode chegar perto dos 770 mil euros

<p>Dada a gravidade do crime e o facto de Renato Seabra ser estrangeiro, é pouco provável que o tribunal o liberte sob fiança. Mas a aconntecer, só por uma quantia muito alta.</p>
Publicado a
Atualizado a

De acordo com a Lusa, especialistas legais consideram difícil que o jovem modelo de Cantanhede, acusado de homicídio em segundo grau do cronista social Carlos Castro, na sexta feira, venha a ser libertado sob fiança. Mas se esse cenário se colocar serão necessários valores muito próximos do milhão de dólares (772 mil euros).

O procurador tem depois seis dias para fazer a investigação e levar o caso perante um júri, para que este determine se existem ou não provas suficientes para levar o réu a julgamento e assim acusá-lo formalmente.

Este júri, conhecido como "grand jury", é composto por 23 cidadãos e pelo menos 16 têm que votar unanimemente a acusação.

Até lá, Renato Seabra ficará detido no hospital Bellevue, em Nova Iorque, impossibilitado de receber visitas, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo. A mesma fonte adiantou que o modelo de 21 anos deixou a ala psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona leste de Manhattan, e foi transferido para a secção prisional da mesma unidade.

Fonte da polícia de Nova Iorque disse à Lusa que o jovem está agora em Bellevue na condição de "paciente", escusando-se a adiantar pormenores. Serão os médicos do hospital a decidir quando Seabra estará apto a comparecer perante o juiz, adiantou a mesma fonte.

Seabra foi levado para Bellevue no sábado pela polícia, que o procurava pelo homicídio de Castro, de 65 anos, com quem passava férias em Nova Iorque desde final de Dezembro.

O caso do homicídio de Carlos Castro foi já entregue ao procurador distrital do condado de Nova Iorque, que terá agora de tratar do agendamento da audiência em tribunal. Joan Vollero, do gabinete do procurador distrital Cyrus Vance Jr., disse que ainda não há uma data prevista para que Seabra compareça perante o juiz. Até lá não poderá receber visitas, nem sequer da mãe, que chegou no domingo a Nova Iorque e que já está a receber assistência jurídica.

O gabinete de medicina legal de Nova Iorque revelou que a morte do colunista social foi causada por agressões violentas na cabeça e estrangulamento. Familiares de Carlos Castro deverão chegar a Nova Iorque na terça-feira, mas não poderão ver o cadáver, apenas reconhecer por fotografias. De acordo com a fonte processual ouvida pela Lusa, os familiares ainda não decidiram se o corpo irá regressar a Portugal ou se as cerimónias fúnebres terão lugar em Nova Iorque, desejo expresso no passado pelo colunista social.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt