A Federação Internacional do Automóvel (FIA) anunciou esta terça-feira que permitirá que pilotos russos e bielorrussos continuem a competir em corridas, desde que não usem bandeiras ou símbolos de seus países..O organismo fez saber que quem está excluído das suas competições são as equipas russas e bielorrussas e que as corridas que estavam previstas nesses dois países estão suspensas "até novo aviso"..Em comunicado, a FIA confirmou que seu presidente, Mohamed Ben Sulayem, realizou uma reunião de emergência com o Conselho Mundial de Automobilismo (WMSC) para discutir como a guerra na Ucrânia afeta o automobilismo.."Condenamos a invasão russa da Ucrânia e nossos pensamentos estão com todos aqueles que estão a sofrer", disse Sulayem, através de um comunicado..Conforme declarado na mesma nota, nenhuma competição será realizada na Rússia e na Bielorrússia, nem a bandeira ou o hino de qualquer um desses dois países serão usados..Em relação às equipas, não poderão participar nas competições da FIA, mas os pilotos, como Nikita Mazepin, na Fórmula 1, poderão continuar a correr sem usar a bandeira de seu país, nem símbolos ou cores que possam estar relacionados com o mesmo, mas apenas sob a bandeira da FIA..Por outro lado, os membros da FIA, que sejam russos ou bielorrussos, terão de abandonar os seus cargos, medida que se junta a uma série de outras, como o cancelamento do Grande Prémio da Rússia de Fórmula 1 de 2022, previsto para Sochi, anunciadas na semana passada..Ainda de acordo com o presidente Mohamed Sulayem, um novo calendário atualizado para as competições da FIA será apresentado na próxima reunião do WMSC, no Bahrein..A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia..O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário..O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.