"O para arranca" na 2.ª circular vai acabar

Em entrevista à TSF o presidente da Câmara de Lisboa adianta que este projeto vai melhorar o cenário de sinistralidade nesta via
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"A cidade cresceu e foram desenvolvidas novas infra estruturas diárias e assim o papel da Segunda circular foi alterada. Com a criação da CRIL, a grande via de circulação de tráfego deve ser a CRIL e não a Segunda circular. Esta tem de se adaptar ao que se transformou: uma via no meio da cidade", explicou o presidente da Câmara de Lisboa, em declarações à TSF.

O autarca de Lisboa respondia assim às questões apresentadas pelos ouvintes da TSF no programa "Forum TSF", relativamente ao projeto que a autarquia de Lisboa apresentou de alteração da 2.ª circular. Proposta em que os carros vão rodar mais devagar, a Segunda circular vai perder cerca de 20 mil carros por dia, vai ter um piso novo, árvores num separador central com cerca de 3,5 metros e o encerramento do acesso em três nós. Sexta-feira acaba assim a fase de consulta pública deste projeto que custará os 12 milhões de euros.

"A segunda circular é mais uma via da cidade de Lisboa e não uma via de trânsito. Temos inúmeros indicadores sobre a qualidade de vida junto da segunda circular. Esta é a via com mais acidentes rodoviários. Em três anos tivemos cerca de seis mil e 900 acidentes com feridos. Estes acidentes geraram 55 mortos e 250 feridos graves**. Mais de metade da população que vive à volta desta via está sujeita a excesso de ruídos muito acima dos limites legalmente permitidos. Esta é a das vias que mais contribuiu para a poluição da cidade", adianta.

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O autarca disse ainda que este projeto não vai incluir ciclovias na segunda circular, e só vai ter vias de tráfego. E acrescenta: "esta discussão já tem vindo a ser mantida pelos vários mandatos mas a diferença é que agora nós vamos avançar". Diz ainda que este projeto irá melhorar a iluminação pública e tenta colocar o tráfego de pesados na faixa da direita para haver mais estabilidade para todos. E assim "a velocidade média vai subir. O para arranca acaba por prejudicar a fluidez da via. Vamos ter uma via mais segura".

Esta alteração insere-se num conjunto de alterações que a autarquia vai apresentar. "O limite de velocidade não é uma medida isolada, faz parte de um pacote". O autarca referia-se à alteração do limite de velocidade de 80 km/hora para 60 km/hora que esta zona vai sofrer.

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**Notícia atualizada às 20.40: O presidente da Câmara disse na entrevista que morreram 55 pessoas na Segunda Circular em três anos. Na verdade, como o próprio assumiu, morreram cinco pessoas nessa via nesse período - 55 são as vítimas mortais registadas em toda a cidade de Lisboa.

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