A Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) recebeu 10 queixas por praxes abusivas desde que assumiu o encargo de lidar com estes casos, em junho deste ano. Sete das queixas foram feitas através do e-mail e três através da linha telefónica que o organismo criou para esse fim..O número de queixas registado a partir de junho - sendo que as aulas apenas começaram em setembro - é igual ao número registado durante todo o ano letivo anterior. Algumas das queixas, no entanto, diziam respeito a situações ocorridas nos anos anteriores..A DGES, tutelada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, não revela onde ocorreram as praxes abusivas, mas o jornal Público afirma que as denúncias de casos acontecidos durante este ano letivo aconteceram em seis instituições..Houve também uma denúncia de um caso que ainda iria ocorrer numa instituição que a tutela não especificou, mas que a DGES conseguiu impedir, ao contactar a instituição..A linha de denúncia de praxes abusivas e violentas foi criada pelo ministro Nuno Crato na sequência do caso da praia do Meco, onde um grupo de estudantes da Universidade Lusófona de Lisboa morreu afogado, tendo-se chegado a suspeitar que se tratava de um caso de praxes. .Esta segunda-feira, DGES informou que iria "contactar formalmente" a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique após ter sido necessária a intervenção da Polícia Marítima para travar uma praxe potencialmente perigosa numa praia de Oeiras..[artigo:5473180].No ano letivo de 2015/2016, a linha de denúncias para praxes registou até maio dez queixas, número muito inferior às cerca de 80 denúncias do ano letivo anterior.