Farmacêutico detido por suspeita de burla com receitas falsas
A PJ, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (DCIAP) e relacionado com a investigação de fraudes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), "deteve um farmacêutico, professor universitário, pela presumível prática dos crimes de falsificação de documento agravada e burla qualificada", diz o comunicado da Polícia Judiciária.
O homem vai ser presente a tribunal para conhecer as medidas de coação a ser aplicadas. Outras cinco pessoas, entre profissionais de saúde e outros, foram constituídas arguidas por suspeitas de crimes de falsificação de documento agravada, burla qualificada, associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Ontem a PJ realizou buscas na Grande Lisboa e Sul do país. A operação envolveu 120 investigadores e a realização de 40 buscas em domicílios, farmácias, clínicas médicas, armazenistas de medicamentos e escritórios de contabilidade.
O esquema a semelhante ao detetado noutros casos de suspeita de burla ao SNS. Através de receitas falsas eram comprados medicamentos comparticipados a 95% e a 100%, que depois eram enviados para armazenistas que os colocavam de novo à venda no mercado nacional ou os exportavam.
"A investigação prossegue com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento do prejuízo causado ao Estado Português através de comparticipações indevidas", adianta o comunicado da PJ.