Fardas dos polícias pagas no fim de Outubro

O Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou hoje que vai começar a devolver aos polícias, no final de Outubro, o dinheiro que descontaram para o extinto fundo de fardamento, num total de cerca de 1,3 milhões de euros.
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Fonte do MAI disse à agência Lusa que as verbas vão começar a ser libertadas no final de Outubro, devendo o processo estar concluído até ao final do ano.

Segundo a mesma fonte, os polícias tinham no fundo de fardamento cerca de 1,3 milhões de euros.

Com a entrada em vigor do novo estatuto profissional da PSP, em Janeiro de 2010, o fundo de fardamento foi extinto e substituído por um novo, mas alguns polícias ficaram credores.

Cada polícia recebia cinco euros mensais que eram depositados no Fundo de Fardamento, em que cada agente tinha uma conta. Quando adquiria peças de fardamento era debitado o valor da compra nessa conta. Se o valor fosse insuficiente, o polícia ficava a dever.

Segundo os sindicatos, os polícias que deviam dinheiro ao Fundo de Fardamento regularizaram as dívidas em seis meses, enquanto aqueles que tinham dinheiro na conta só receberam 200 euros, pagos até 31 de Dezembro de 2010, tendo alguns deles 600 e 800 euros no fundo.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, manifestou-se satisfeito com a liquidação da dívida aos polícias, considerando que "é um sinal positivo" por parte do Governo em resolver este problema que se arrasta há mais de um ano.

"É uma dívida que o Estado tem com os polícias, que mais tarde ou mais cedo, teria que ser resolvida", afirmou, adiantando que a liquidação do fundo de fardamento era uma das questões que estava na origem dos protestos da semana da "indignação" dos polícias, que termina na quarta-feira com uma concentração junto à Assembleia da República.

Paulo Rodrigues acrescentou que os protestos se mantêm, uma vez que só foi dada resposta a uma das questões, não tendo o Governo resolvido o problema da aplicação das tabelas remuneratórias que entraram em vigor em Janeiro de 2010 e que apenas foi aplicada a "uma minoria" dos polícias.

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