Família portuguesa liderava rede de prostituição em Espanha

As autoridades espanholas desmantelaram uma rede de prostituição em Marbella. Organização era liderava por portugueses.
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A Polícia Nacional espanhola deteve, este domingo em Marbella, 21 pessoas, membros de uma rede de exploração laboral e sexual, que era liderada por "um grupo familiar português". Em comunicado, as autoridades adiantam que a organização também se dedicava ao tráfico de estupefacientes, que distribuía entre os clientes.

De acordo com o comunicado daPolícia Nacional, foram libertadas oito mulheres, que eram exploradas sexual e laboralmente num chalé na cidade de Marbella, em Málaga.

O recrutamento das mulheres ocorreu em Espanha. Embora algumas vítimas tenham entrado voluntariamente no bordel, houve casos em que foram enganadas com uma falsa oferta de emprego para trabalhar numa "casa de massagens". Quando chegaram ao local, as mulheres foram sujeitas a um regime de multas, jornadas árduas de trabalho e ameaças por parte do grupo, que as impedia de sair do local.

O chalé funcionava como um estabelecimento público, com bar, que se encontrava aberto 24 horas por dia. Na sequência da investigação, o espaço foi encerrado e os bens dos membros da rede foram bloqueados, tanto em Espanha como em Portugal.

Segundo o comunicado da Polícia, a organização criminosa contactava frequentemente com um indivíduo que lhes fornecia pequenas quantidades de estupefacientes, como cocaína e MDMA, que eram distribuídos pelos clientes.

A operação policial, que faz parte do Plano Contra o Tráfico de Seres Humanos com Fins de Exploração Sexual, dividiu-se em duas partes, sendo que na primeira foram detidas seis pessoas - entre as quais os líderes da rede - e na segunda foram detidos mais 15 indivíduos.

As autoridades apreenderam 55 gramas de MDMA, cinco gramas de cocaína, 17 sacos de haxixe, 190 gramas de Kamagra, 1000 euros em notas, quatro notas falsas de 100 euros, numerosas armas brancas, computadores, telemóveis e "documentação que comprova a atividade criminosa".

A investigação começou após uma denúncia feita por telefone através de uma linha telefónica para relatos anónimos deste tipo de crimes. Desde o início do ano, a Polícia Nacional recebeu 700 denúncias por telefone e email, canais onde há um atendimento por parte de pessoal especializado do Serviço de Atenção às Vítimas de Tráfico de Seres Humanos.

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