Faltas ao trabalho por dores corporais em Portugal custam 380 milhões num ano

Os portugueses perdem em média 1,4 dias de trabalho num ano devido a dores corporais, o que tem um custo estimado para a economia de cerca de 380 milhões de euros, segundo um estudo que engloba 32 países.
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Dos 15 países europeus analisados no estudo promovido por uma multinacional farmacêutica, Portugal surge como o quarto país com maior prevalência semanal de dores no corpo (61% das pessoas).

Os portugueses relacionam diretamente as suas dores com o trabalho e um em cada 10 trabalhadores diz que a dor prejudica o seu progresso na carreira, ao afetar o seu desempenho e produtividade.

Além do impacto económico da dor, há ainda o impacto emocional ou psicológico, com sete em cada 10 pessoas a afirmarem que a sua qualidade de vida diminui quando sentem dores.

Apesar das elevadas taxas de dor entre os portugueses, Portugal apresenta uma das mais reduzidas proporções de atestados médicos devido à dor.

Em relação às dores de cabeça, Portugal surge alinhado com a tendência global, com menor prevalência semanal destas dores (16% de casos).

O estudo, que em Portugal avaliou 500 pessoas, indica que as mulheres têm mais tendência para sofrer regularmente de dores corporais do que os homens.

Para se tratarem, os portugueses recorrem sobretudo a medicamentos prescritos pelo médico nas dores corporais, mas quando se trata de dor de cabeça mais de metade recorre a medicamentos não sujeitos a receita médica.

O estudo, que é hoje apresentado, mostra ainda nas pessoas com mais de 55 anos afetadas por dores corporais, uma em cada quatro ignora a dor e espera que passe.

A análise foi feita entre setembro e novembro de 2016 em 32 países, contemplando mais de 19 mil entrevistados.

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