Um grupo de médicos em formação em ortopedia no Centro Hospitalar do Algarve queixa-se de ter acesso limitado a cirurgias, afirmando que a situação é incompatível com uma formação de qualidade. A denúncia chegou neste mês à Ordem dos Médicos e ao Conselho do Médico Interno mas não é caso único. O bastonário explica que há excesso de internos e cada vez mais médicos seniores a deixar o SNS. O administrador do Centro Hospitalar do Algarve diz-se solidário com os internos e aponta a falta de anestesistas como problema..Na carta, os internos de ortopedia afirmam que os tempos operatórios são escassos e que grande parte das operações são feitas em cirurgia adicional, à qual têm acesso mas apenas como ajudantes e sem receber mais por isso. A situação tornou-se, afirmam, mais crítica com a redução em quatro horas do horário semanal no bloco operatório. Ortopedia é uma especialidade cirúrgica com seis anos de formação. Para conseguirem pontuação máxima na avaliação, os internos têm de fazer mais de 600 cirurgias como ajudantes e 600 como cirurgiões..Pedro Nunes, administrador do Centro Hospitalar do Algarve, diz desconhecer a queixa, mas garante estar solidário. "Também assumo a queixa. Tenho 19 anestesistas para duas urgências e duas maternidades a 60 quilómetros de distância. Há uma enorme dificuldade de recursos humanos", afirma, referindo-se à incapacidade de agendar mais operações..Leia mais pormenores no e-paper do DN ou na edição impressa