Facebook marcou como "falsos" 180 milhões de posts antes das eleições

Dados avançados esta quinta-feira são um sinal da enormidade da desinformação que circula nas redes sociais.
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A maior rede social do mundo marcou como contendo conteúdo "falso" ou de cariz "disputável" 180 milhões de posts ou outros tipos de publicações nos meses que antecederam as eleições presidenciais norte-americanas.

Estes números foram revelados esta quinta-feira pelo Facebook e noticiado pelo jornal americano Washington Post. Referem-se a dados captados pelos "fact checkers" e outros sistemas de filtragem da rede desde o dia 1 de março até ao dia 3 de novembro, data em que os eleitores americanos foram chamados às urnas.

Segundo a companhia, quando uma publicação na rede recebe a notificação de que o conteúdo é "falso" ou equivalente -- ficando assim obscurecido -- 95% dos potenciais leitores do mesmo já não clicam para o abrir.

O tipo de filtros que o Facebook procurou durante este período não se limitou a desinformação política -- fake news -- mas também esteve muito focado em discurso de ódio e incitação à violência. Vários grupos foram também fechados por estas razões.

Estes dados surgem poucos dias depois de o Twitter ter anunciado que marcou como falsos 300 mil tweets já no período pós-eleitoral e de o próprio Facebook ter admitido estar com dificuldades em continuar este trabalho, que continua a fazer uma vez que o presidente Trump se recusa a aceitar a derrota nas eleições que perdeu para Joe Biden.

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