Extreme Sailing. Um dia quase perfeito para barcos voarem

A baía do Funchal ofereceu hoje aos velejadores da Extreme Sailing Series condições quase de sonho para fazerem voar os seus catamarãs GC32 de 10 metros.
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Céu azul, temperatura amena e ventos quase nos dez nós - às vezes um pouco acima - permitiram às setes equipas concorrentes do circuito fazer com os seus barco aquilo que verdadeiramente lhes pagam fazer: dar espetáculo.

E o espetáculo surgiu da forma habitual: com os barcos, equipados com sistema "foiling" (patilhões em forma de "J" invertido) planando sobre as águas com os cascos no ar e atingindo velocidades muitas vezes o dobro da do vento.

Os madeirenses e os turistas aderiram enchendo a bancada montada no cais 8 do porto do Funchal. E isto é o essencial no conceito deste campeonato mundial de vela de velocidade: barcos a navegarem bem perto de terra bem à vista dos espetadores, a chamada vela de estádio. A Madeira chegou o ano passado ao campeonato Extreme Sailing Series e agora realiza-se a segunda edição do circuito. Parece que veio para ficar.

Ontem, a equipa de bandeira dinamarquesa SAP Extreme - cujo chefe da equipa de terra é o velejador português Renato Conde - terminou o primeiro dos quatro dias de competição na liderança - mas com apenas dois pontos de vantagem sobre o NZ Extreme (neozelandezes). Isto depois de se realizarem seis regatas

Hoje o vento permitiu mais corridas: oito. E a equipa de Renato Conde, tendo ao leme o neozelandês Adam Minoprio - um nome de topo na elite mundial da vela - reforçou a vantagem: seis pontos sobre o segundo.

Os segundos, porém, deixaram, de ser os neozelandezes, que depois de um problema no mastro, começaram a cair na classificação (agora são quartos). No encalço do SAP e visivelmente a crescer de forma está agora a equipa Oman Air, com o norte-americano Phil Robertson ao leme. Em oito regatas, ganhou três e ficou em segundo lugar noutras três. Em terceiro lugar segue o Alinghi (vencedora do campeonato em 2016) - e as regatas têm vindo a provar que estas três equipas são de um campeonato diferente do dos outros.

Em prova está também a tripulação do "Team Extreme", uma equipa "wild card" (não participa no campeonato) dirigida pela velejadora olímpica portuguesa Mariana Lobato. Ontem o dia terminou-lhe em beleza, fazendo um segundo lugar. Na classificação geral segue em 7º (e último) mas aproximou-se do Land Rover BAR

Classificação

1º - SAP Extreme - 148 pontos

2º - Oman Air - 142

3º - Alinghi - 138

4º - NZ Extreme - 125

5º - Red Bull - 125

6º - Land Rover BAR - 106

7º - Team Extreme - 98

[O DN viajou até ao Funchal a convite do Turismo da Madeira]

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