Segundo a empresa de sondagens Ifop, o partido de extrema direita União Nacional (RN, na sigla original) terá ultrapassado por pouco os 20% dos votos a nível nacional, atrás da direita dominante, mas também dos candidatos dos partidos 'verdes' e de esquerda, com resultados combinados..As sondagens apontam também que o RN foi derrotado no sudoeste de França, região que era vista como a melhor oportunidade para garantir uma vitória decisiva nas eleições para os conselhos regionais, notícia a agência AP..Confirmando-se estes resultados, o fracasso do RN em vencer qualquer uma das 12 regiões de França continental ameaça desacelerar o ímpeto da sua líder, Marine Le Pen, na campanha para as eleições presidenciais para 2022..Um dos candidatos que as projeções apontam como vencedor da direita tradicional, Xavier Bertrand, salientou que a União Nacional não foi só "travado" na sua região, Hauts-de-France, no norte, mas também "recuou"..Embora sejam focadas em questões locais, e marcadas por uma baixa comparência nas urnas, as eleições regionais eram vistas como um teste para perceber se o partido anti-imigração estava a ganhar aceitabilidade antes das presidenciais..A líder do RN, Le Pen, tem passado a última década a tentar livrar-se da reputação de extremista, e o facto de não assegurar nenhuma região nestas eleições demonstra que o partido continua pouco apelativo para muitos..As sondagens sugeriam que o partido de Le Pen teria algum ímpeto e ambições legítimas de ganhar pelo menos uma região..No entanto, uma baixa comparência nas urnas na primeira volta, de apenas 33%, terá também causado apatia nos apoiantes do RN..Apenas numa região, no Sudeste, o partido terminou em primeiro lugar na primeira volta, com os candidatos às restantes regiões relegados para segundo lugar, ou mais abaixo, e muitos a abandonarem as esperanças de vencerem na segunda volta..Na segunda volta pode ter sucedido o mesmo que em outras votações, com eleitores e partidos a unirem-se para manter o partido de Le Pen fora do poder..O RN também tinha dominado as eleições regionais em 2015, mas na segunda volta a intenção mudou após partidos e eleitores unirem-se para os derrotar.