Explosão terá sido provocada por curto-circuito

O rebentamento de um aparelho de ventilação não invasivo (bipap), no Hospital de Chaves, provocou hoje ferimentos numa mão a um enfermeiro daquela unidade de saúde que manuseava o equipamento e deverá ter sido causado por um curto-circuito.
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O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), Carlos Vaz, explicou aos jornalistas que a explosão do ventilador, ligado a uma garrafa de oxigénio, deverá ter sido causada por um curto-circuito.

"O equipamento era novo, tinha cerca de dez centímetros e era usado diariamente pelos vários técnicos da unidade hospitalar e nunca apresentou problemas", adiantou Carlos Vaz.

A explosão do ventilador aconteceu na zona das urgências, na sala de observações, e obrigou à retirada de cerca de dez doentes que se encontravam naquela área do hospital para unidades contíguas.

Contudo, salientou o responsável, "depois de acionado o plano de emergência e de verificar que não havia danos estruturais, nem doentes feridos e reposta a normalidade, os utentes foram reinstalados e o serviço voltou ao funcionamento".

Segundo o presidente do centro hospitalar, o enfermeiro, de 38 anos, estaria na sala com uma doente e ao manusear o aparelho ter-se-á dado a explosão, tendo sofrido queimaduras na mão esquerda.

Carlos Vaz acrescentou que a utente que estaria a dois metros do enfermeiro e não sofreu qualquer ferimento.

Depois de ter sido assistido no local, o profissional de saúde vai ser transferido para a unidade de queimados do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia por uma questão "preventiva".

O administrador avançou que o CHTMAD vai abrir um auto de averiguações e contactar a empresa responsável pela venda do equipamento para perceber o porquê da explosão.

Uma das utentes que presenciou a explosão, Delfina Pereira, explicou à Lusa que "apanhou um grande" susto do qual não se vai esquecer".

"Estava à porta do gabinete com a minha mãe, que estava numa maca, e de repente ouvi o enfermeiro a gritar muito e a sair da sala com a mão e roupa queimada, mas não ouvi explosão nenhuma", relatou.

Delfina Pereira salientou que se gerou uma "grande confusão" na sala de observações porque toda a gente queria sair do local ao mesmo tempo.

O serviço de urgência do Hospital de Chaves, local onde ocorreu o incidente, funciona em instalações provisórias desde junho de 2011, mas Carlos Vaz disse que as obras de reestruturação estão em fase final.

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