Exército tem apenas 60% das praças autorizadas
O general Nunes da Fonseca disse esta quarta-feira que o Exército tinha nas fileiras, no final de 2018, pouco mais de metade dos efetivos autorizados no quadro de praças.
O chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) intervinha na Comissão parlamentar de Defesa, no âmbito das audições sobre a revisão da Lei de Programação Militar (LPM) que é debatida esta tarde em plenário, mas que serviu também para se apresentar aos membros da 3ª comissão.
Isso levou-o a apresentar a sua diretiva estratégica para o ramo até 2021, assinada no início deste ano e que assenta em cinco objetivos estratégicos: reunir e motivar, atrair e reter, racionalizar e cooperar, aferir e controlar, comunicar e relacionar.
Quanto aos efetivos, o CEME indicou que o ramo tinha cerca de 13500 efetivos militares e civis no final de 2018, menos cerca de 4000 do que o previsto. Mesmo assim, o texto da diretiva que entregou aos deputados indica que o Exército tem diariamente "cerca de 3000" em atividade, seja nos quartéis em território nacional ou em missões no exterior.
O efetivo militar - em que 11% são mulheres - tinha apenas 5535 das 9212 praças autorizadas, o que representa 60% dos soldados e cabos em regime de contrato que deveriam existir.
Nunes da Fonseca realçou ainda a importância da avaliação interna, para se saber se o Exército está a "fazer bem" e de acordo com o lhe "foi pedido" pelo poder político.