Termina assim, abruptamente, o percurso literalmente 'meteórico' de Manuel José Abrantes na instituição. Como o DN apurou, de oficial administrativo de segunda classe passou rapidamente a técnico superior, director de serviços, provedor adjunto e, entre 25 e 27 de Novembro de 2002, provedor, em substituição de Luís Martins Rebelo, o anterior titular do cargo. 'Abrantes era unha com carne com Luís Rebelo', disseram-nos..Fontes contactadas pelo DN recordam ainda que Abrantes tinha alguns acessos de fúria junto de outros profissionais da Casa Pia de Lisboa, lembrando, a propósito, que, nos anos 90, terá, inclusive, ameaçado fisicamente um funcionário da instituição..Abrantes, que só cessaria funções em 30 de Junho deste ano, foi exonerado do cargo de provedor pelo ministro da tutela, Bagão Félix, no mesmo dia em que idêntica decisão foi tomada relativamente a Vítor Videira Barreto, provedor adjunto. Sobre Videira Barreto, ex-alunos recordam um episódio tenebroso: terá ameaçado a tiro um jovem da Casa Pia. Num relato do sucedido, a que o DN teve acesso, questionava-se: 'Será maior crime um aluno reprovar um ou dois anos do que um responsável por uma casa de educação querer matar um aluno da mesma a tiro?' As funções de Barreto, que exercia funções na instituição desde 1983, só terminariam a 27 de Março..Abrantes e Videira foram substituídos, respectivamente, por Catalina Pestana e Artur Carvalho, que já tinham estado ligados aos colégios de Santa Catarina e de Pina Manique.