Eurodeputados do PSD querem Constâncio no parlamento

Paulo Rangel acusa antigo governador do Banco de Portugal de posição "incoerente"
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Os eurodeputados sociais-democratas insistem que Vítor Constâncio, o antigo governador do Banco de Portugal, é "obrigado a responder à comissão de inquérito do Banif", e classificam como "incompreensível" a atuação de Constâncio.

Paulo Rangel questiona "por que razão Vítor Constâncio aceitou responder à comissão de inquérito do BES sendo já vice presidente do Banco Central Europeu (BCE) e, agora, se recusa a fazê-lo no âmbito da comissão de inquérito do Banif". O? eurodeputado diz "tratar-se de uma posição incoerente que levanta por isso mais suspeitas e também por essa razão obriga a mais esclarecimentos".

Para o eurodeputado José Manuel Fernandes, não há qualquer razão que impeça Vítor Constâncio de "colaborar" com a comissão de inquérito ao Banif, que está a decorrer na Assembleia da República.

"Vítor Constâncio não é um exilado político português na Alemanha nem beneficia de nenhum estatuto de imunidade que o impeça de prestar esclarecimentos sobre uma matéria que esteve sob a sua responsabilidade ao longo de uma década", afirma José Manuel Fernandes, no comunicado que o PSD divulgou hoje aos jornalistas, em Bruxelas e Estrasburgo, considerando que "a recusa só pode ser lida, no mínimo, como obstrução ao esclarecimento da verdade".

"É um erro inaceitável Vítor Constâncio presumir, como resulta da posição que assumiu publicamente, que as perguntas e esclarecimentos que a comissão de inquérito pretende obter digam apenas respeito à sua atuação enquanto vice presidente do BCE e não enquanto antigo Governador do Banco de Portugal", lê-se ainda no comunicado.

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