EUA sem confirmação da morte do líder do grupo extremista Estado Islâmico

Observatório Sírio dos Direitos Humanos confirmou hoje a morte de Abu Bakr al-Baghdadi
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O Departamento de Defesa norte-americano disse hoje não ter confirmação da morte do líder do grupo extremista Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, após o Observatório Sírio dos Direitos Humanos ter anunciado a morte do mais alto responsável 'jihadista'.

"Não temos informações que confirmem as recentes informações sobre a morte de Abu Bakr al-Baghdadi", assegurou, em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, uma fonte do Pentágono (sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos).

Esta declaração do Pentágono é feita depois de hoje de manhã o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter escrito na rede social de mensagens curtas Twitter a frase "Grande vitória contra o Estado Islâmico (EI)", sem especificar se era uma referência à reconquista da cidade iraquiana de Mossul, anunciada na segunda-feira pelas autoridades iraquianas, ou a outro assunto.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos divulgou hoje que tinha confirmado a morte de Abu Bakr al-Baghdadi através de várias fontes, incluindo altos responsáveis do EI na província síria de Deir Ezzor, na fronteira com o Iraque.

A organização, com sede em Londres, não precisou quando e como Abu Bakr al-Baghdadi morreu.

Ao longo dos últimos anos, o líder do EI foi dado como morto ou ferido em diversas ocasiões.

No passado dia 16 de junho, o Ministério da Defesa russo afirmou ter matado Abu Bakr al-Baghdadi num ataque aéreo ocorrido em maio último. O ataque teve como alvo um local onde estavam reunidos líderes do grupo extremista em Raqa, na Síria.

Mas, no mesmo dia, o porta-voz norte-americano para a coligação internacional 'antijihadista' disse que não confirmava a morte do líder do grupo extremista.

Até à data, a única aparição pública de Abu Bakr al-Baghdadi aconteceu em julho de 2014, quando o líder 'jihadista' fez um sermão na Grande Mesquita de Al-Nuri, em Mossul.

Na altura, o líder extremista surgiu aos seus seguidores após a tomada da segunda cidade do Iraque e pediu a obediência dos muçulmanos.

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