EUA retomarão "muito em breve" negociações com a China
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta segunda-feira que os Estados Unidos retomarão "muito em breve" as negociações comerciais com a China, depois de uma nova escalada de tensão nos últimos dias entre os dois gigantes económicos.
Trump disse que o seu Governo recebeu uma comunicação das autoridades chinesas indicando o desejo de voltar à mesa das negociações para discutir um acordo comercial.
"A China ligou ontem à noite (...). Disse: 'vamos voltar para a mesa de negociação', logo, voltaremos (...). Vamos começar a negociar novamente muito em breve", disse Trump à margem da cimeira do G7, em Biarritz, no sudoeste da França.
"Acho que vamos ter um acordo, porque agora estamos a lidar nos termos adequados. Eles entendem e nós entendemos", disse Trump, acrescentando: "Esta é a primeira vez que eu os vejo a querer realmente fazer um acordo. E eu acho que é um passo muito positivo".
O presidente norte-americano disse que vai falar mais sobre a China durante o dia de hoje.
Trump e o Presidente chinês concordaram em junho retomar as negociações. Contudo, as negociações terminaram em julho em Xangai sem indicação de progresso. Os negociadores conversaram por telefone este mês e devem encontrar-se novamente em Washington no próximo mês.
Na semana passada, Trump aumentou as tarifas sobre a China depois de os chineses terem taxado algumas importações dos EUA em retaliação a uma rodadas de imposições anteriores de Trump.
Trump também ordenou que as empresas dos EUA encontrassem alternativas para fazer negócios na China.
Afirmando que a vontade expressa pela China de prosseguir "negociações calmas" passa uma mensagem positiva, Trump aproveitou para dizer que o mesmo princípio devia ser utilizado em relação à situação em Hong Kong.
Já quanto às negociações que decorrem também com a França, Trump afirmou que uma decisão francesa de taxar os lucros das grandes empresas tecnológicas vai determinar se os EUA avançam ou não com a imposição de taxas ao vinho francês. A transformação do digital era um dos assuntos da agenda do encontro.
A cimeira do G7, que junta os dirigentes da França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão, decorreu durante o fim de semana e na manhã desta segunda-feira.
(Notícia atualizada às 11:22 com mais declarações do presidente dos EUA)