EUA querem evitar conflitos na exploração no Ártico
Revelando a primeira estratégia do Pentágono (ministério da Defesa norte-americano) para o Ártico, Chuk Hagel disse que as Forças Armadas do país estão a rever a sua estratégia a longo prazo para ajustá-la ao aquecimento climático na região polar.
O degelo no Ártico está a abrir novas rotas marítimas e a tornar acessíveis recursos minerais e naturais fáceis de explorar, o que justifica o reajustar da estratégia norte-americana para a zona polar, de acordo com Hagel.
O secretário da Defesa norte-americano afirmou que é dever dos países com interesses na região "trabalhar em conjunto para construir uma zona pacífica e segura".
As alterações climáticas oferecem novas oportunidades, mas também acarretam desafios para os países que competem por acesso aos seus recursos, acrescentou o líder do Pentágono.
A estratégia norte-americana vai focar-se numa cooperação militar mais estreita com outros Estados da região do Ártico, o que, precisou Hagel, inclui a Rússia, com a qual os Estados Unidos e o Canadá partilham interesses na área, sem que isso represente motivo de conflitualidade entre os países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em setembro a intenção de reativar uma base no Ártico da era soviética com o objetivo de patrulhar uma cada vez mais navegável rota do Mar do Norte.
Os Estados Unidos querem exercer a sua soberania no Ártico, mas preservando a liberdade de navegação na região.