EUA levantam aviso para não viajar mas Portugal ainda é país a evitar
Os Estados Unidos reduziram substancialmente o nível de alerta aos seus cidadãos sobre viagens internacionais, com o Departamento de Estado a retirar na quinta-feira a recomendação aos cidadãos americanos de não realizarem qualquer viagem internacional, que estava em vigor desde 19 de março. Agora, países como Portugal e outros europeus estão no nível 3, o segundo mais alto, e que ainda recomenda que as viagens sejam evitadas.
Em março, o impacto da pandemia de covid-19 levou o governo dos EUA a elevar o alerta para o mundo inteiro para o nível 4, o mais alto da escala. A partir desta quinta-feira, conforme tornado público pelo Departamento de Estado, as recomendações serão feitas país a país, em coordenação com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).
Assim, Portugal e países como Espanha, Itália, Reino Unido, Alemanha e França caíram do nível 4 para o nível 3, o que implica a recomendação aos americanos de "reconsiderar a viagem". Neste terceiro nível, recomenda-se aos cidadãos que "evitem viajar devido a graves riscos de segurança".
A retirada do nível global 4 não implica o levantamento das proibições de voar para os Estados Unidos para visitantes de determinados países, incluindo os da União Europeia, em vigor desde 14 de março.
No nível mais alto permanecem cerca de 50 em que se incluem os que têm um elevado número de infeções de covid-19, como Brasil, México, Índia e Rússia. No nível 4, a recomendação é "não viajar".
"Com as condições de saúde e segurança a melhorar em alguns países e potencialmente a piorar em outros, o Departamento volta ao sistema anterior de recomendações de viagens específicas para cada país", explica o Departamento de Estado no comunicado. Os cidadãos podem descobrir no site do governo sobre a evolução do nível de alerta em diferentes países.
O nível 4 imposto em março recomendou que os cidadãos evitassem "qualquer viagem internacional devido ao impacto global de covid-19" e exortou os americanos no exterior a "organizar o regresso imediato aos Estados Unidos", a menos que estivessem "dispostos ficar no exterior por tempo indeterminado".
Perante o encerramento de fronteiras e cancelamento de voos comerciais, o Departamento de Estado realizou uma operação de repatriação inédita, coordenando o retorno de mais de 100 mil americanos.