EUA impõem novas sanções depois de lançamento de míssil norte-coreano

Kim Jong Un supervisionou pessoalmente o disparo e afirmou que a Coreia do Norte está preparada para um "confronto a longo prazo" com os Estados Unidos.
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Os Estados Unidos anunciaram a imposição de novas sanções a entidades russas e norte-coreanas depois de Pyongyang ter disparado um míssil balístico intercontinental para a zona económica marítima exclusiva do Japão.

Os alvos das últimas sanções são acusados de "transferência de materiais sensíveis para o programa de mísseis da Coreia do Norte", disse, na quinta-feira em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano.

"Estas medidas fazem parte dos nossos esforços contínuos para impedir a capacidade da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] de fazer avançar o programa de mísseis e sublinhar o papel prejudicial que a Rússia desempenha na cena mundial" através de tal assistência, indicou.

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) para a zona económica exclusiva do Japão, na quinta-feira.

Esta sexta-feira, foi anunciado pela Coreia do Norte que Kim Jong Un, supervisionou pessoalmente o disparo do Hwasong-17 e afirmou que a Coreia do Norte está preparada para um "confronto a longo prazo" com os Estados Unidos, informou a imprensa estatal nesta sexta-feira.

Ele afirmou que a nova arma "desempenhará sua missão como uma poderosa dissuasão ante uma guerra nuclear" e "tornará o mundo claramente consciente do poder" das forças armadas estratégicas do país", segundo declarações colhidas pela agência.

O país tem "uma formidável capacidade militar e técnica, imperturbável diante de qualquer ameaça militar ou chantagem", e está "totalmente preparado para um confronto de longo prazo com os imperialistas americanos", acrescentou.

O Hwasong-17 é um míssil balístico intercontinental (ICBM) gigantesco exibido pela primeira vez em um desfile em outubro de 2020 e definido como um "míssil monstro" por analistas.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, observou uma moratória sobre tais lançamentos de mísseis desde finais de 2017 e até agora.

As sanções agora anunciadas vão aplicar-se a duas entidades russas, Ardis Group e PFK Profpodshipnik, bem como a Igor Aleksandrovich Michurin.

Na Coreia do Norte, os visados são Ri Sung-chol e o gabinete de negócios estrangeiros da Segunda Academia de Ciências Naturais.

O Departamento de Estado não especificou as alegadas ligações entre estas entidades e o programa norte-coreano.

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