Casa Branca denuncia "ataque atroz" em Cabul

"Dimensão bárbara" do ataque foi realçada pela Casa Branca
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A Casa Branca condenou o "ataque atroz" desta manhã com um camião armadilhado no bairro diplomático de Cabul e prometeu ajuda ao Governo afegão para punir os responsáveis, quando o último balanço aponta para 90 mortos e 463 feridos.

O facto de este ataque ter decorrido durante o mês do Ramadão sublinha a sua dimensão bárbara", indicou à agência noticiosa France Presse (AFP) um responsável da Casa Branca, sublinhando que a embaixada dos EUA em Cabul está a trabalhar com os seus parceiros para ajudar as embaixadas e os funcionários atingidos pela explosão.

Já a organização não governamental Amnistia Internacional sublinhou que este atentado demonstra que "o conflito no Afeganistão não diminui mas alastra perigosamente, de uma forma que deveria alarmar a comunidade internacional".

Diversos responsáveis políticos e organizações internacionais condenaram hoje de forma unânime o atentado numa das principais artérias da capital afegã, Cabul, e que ocorre no início do Ramadão. O último balanço, praticamente definitivo, fornecido pelas autoridades afegãs referia-se a 90 mortos e 463 feridos.

A embaixada norte-americana, que se situa noutro local da cidade, não integra o grupo das embaixadas que foram afetadas pela explosão do camião armadilhado na praça Zanbaq no 10.º distrito de Cabul, cerca das 08:25 locais (04:55 em Lisboa).

A explosão feriu funcionários da embaixada da Alemanha e matou um guarda afegão no exterior do edifício, tendo ferido também ligeiramente dois empregados japoneses da embaixada do Japão.

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Igualmente afetado foi o edifício da representação diplomática da China, que ficou parcialmente danificado devido à explosão, assim como o da Turquia, o da Índia e o de França.

A BBC indicou que um motorista afegão da televisão britânica morreu e quatro jornalistas ficaram feridos na explosão quando se dirigiam para o escritório da empresa hoje de manhã.

O atentado ainda não foi reivindicado, tendo um porta-voz dos talibãs indicado na rede social Twitter que o grupo rebelde "não está envolvido no ataque de Cabul e condena-o firmemente".

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