EUA convocam embaixador chinês devido a ações "irresponsáveis" em Taiwan
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, referiu que o embaixador Qin Gang foi convocado após o teste militar levado a cabo pela China em reação a uma visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan.
Kirby, que também descreveu as ações da China como "provocatórias", não especificou quem se reuniu com o embaixador. "Condenámos as ações militares da RPC, que são irresponsáveis, em desacordo com o nosso objetivo de longa data de manter a paz e a estabilidade em todo o Estreito de Taiwan", disse Kirby, referindo-se à China através da sigla oficial para República Popular da China.
"Deixámos claro ao embaixador que as ações de Pequim são de preocupação para Taiwan, para nós e para os nossos parceiros em todo o mundo", disse Kirby, destacando as preocupações do G7, grupo das democracias mais ricas, e do grupo regional asiático ASEAN.
"Finalmente, deixámos claro mais uma vez, como já fizemos em privado ao mais alto nível e também publicamente: nada mudou em relação à nossa política de uma só China", disse Kirby, referindo-se à posição dos EUA de apenas reconhecer a reivindicação chinesa de que Taiwan faz parte da China.
Os EUA deixam para os dois lados (China e Taiwan) a procura de uma solução, mas opõem-se a qualquer uso da força para mudar o cenário atual.
Pequim insiste que Taiwan é uma parte da China que aguarda a reunificação, pela força, se necessário. O atual partido no poder de Taiwan prometeu defender a soberania da ilha.
"Também deixámos claro que os Estados Unidos estão preparados para o que Pequim escolher fazer. Não procuraremos e não queremos uma crise", disse. "Mas, ao mesmo tempo, não seremos impedidos de operar nos mares e céus do Pacífico Ocidental, de acordo com a lei internacional, como temos feito há décadas - apoiando Taiwan e defendendo uma região do Pacífico livre e aberta".