EUA consideram Portugal um destino de "risco muito elevado" devido à covid-19
"Evite viajar para Portugal. Se tiver de viajar para Portugal, certifique-se que está totalmente vacinado", lê-se na atualização desta segunda-feira do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. No documento, Portugal é um país que está no nível quatro, de risco "muito elevado" de covid-19. Na mesma situação está agora Espanha, Chipre e Quirguistão, tendo em conta o aumento do número de casos de infeção.
Esta atualização acontece depois de na semana passada o CDC ter desaconselhado viagens para o Reino Unido.
O CDC dos EUA também elevou para o nível máximo de risco a classificação de Cuba, que anteriormente já tinha a advertência "não viaje" pelo departamento de Estado..
Perante esta última atualização de advertências do CDC, o departamento de Estado emitiu um alerta de "não viaje" para Portugal. É referido na nota que o CDC emitiu "um aviso de saúde em viagem de nível 4 para Portugal devido à covid-19, indicando um nível muito alto de covid-19 no país".
O departamento de Estado sublinha que "o risco de contrair a doença e de desenvolver sintomas graves pode ser menor se se estiver totalmente vacinado com uma vacina autorizada pela FDA", a Food and Drug Administration, o regulador norte-americano.
De referir que os EUA vão manter as restrições em vigor para as viagens internacionais, apesar dos pedidos de reciprocidade da União Europeia, quando os casos da variante Delta da covid-19 aumentam no país e no resto do mundo.
"Vamos manter as restrições existentes", disse nesta segunda-feira a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. "A variante Delta, mais contagiosa, está a espalhar-se tanto aqui como no exterior", declarou.
Acrescentou que é provável que a tendência de aumento de casos continue "nas próximas semanas" e reiterou que esta situação afeta principalmente as pessoas não vacinadas.
Os Estados Unidos restringiram as viagens da União Europeia, Reino Unido, China e Irão há mais de um ano devido à pandemia de covid-19 e depois incluíram outros países, como Brasil e Índia.
Com AFP