"Estudantes vão abandonar a Praça de Tiananmen" era a manchete do DN a 28 de maio de 1989, a propósito do movimento estudantil chinês que levou a cabo várias manifestações entre 15 de abril de 4 de junho desse ano na emblemática praça de Pequim.."Os dirigentes do movimento estudantil chinês anunciaram ontem que vão abandonar a Praça Tiananmen, mas convocaram ainda manifestações para hoje e terça-feira, após o que deixarão o local. Os cartazes a anunciar a manifestação de hoje, em local não especificado, referem palavras de ordem em defesa da democracia, da liberdade e dos direitos humanos. No entanto, segundo os líderes estudantis, não se criticará Li Peng, a figura mais contestada desde o início do movimento e que acabou por sair vitorioso da crise, em detrimento de Zhao Zyiang", escreveu o nosso jornal.."Segundo os observadores, citados pela France-Presse, a manifestação de hoje, a concretizar-se, deverá ser o canto de cisne do movimento de contestação. Ontem à tarde, eram menos de dez mil os estudantes que ainda se encontravam em Tiananmen. O presidente da Assembleia Nacional Popular, Wan Li, entretanto, voltando atrás nas suas afirmações em Toronto, manifestou o seu apoio a Deng Xiaoping, a Li Peng e à lei marcial, que considerou 'necessária' em face de 'um pequeno grupo de elementos ter tentado derrubar os principais dirigentes do partido e do Governo'", podia ler-se..Porém, após avanços e recuos, a 4 de junho o governo chinês ordenou uma repressão sangrenta sobre o movimento estudantil, dissolvendo o protesto com recurso aos tanques e à infantaria do exército, provocando centenas ou até mesmo milhares de mortes.
"Estudantes vão abandonar a Praça de Tiananmen" era a manchete do DN a 28 de maio de 1989, a propósito do movimento estudantil chinês que levou a cabo várias manifestações entre 15 de abril de 4 de junho desse ano na emblemática praça de Pequim.."Os dirigentes do movimento estudantil chinês anunciaram ontem que vão abandonar a Praça Tiananmen, mas convocaram ainda manifestações para hoje e terça-feira, após o que deixarão o local. Os cartazes a anunciar a manifestação de hoje, em local não especificado, referem palavras de ordem em defesa da democracia, da liberdade e dos direitos humanos. No entanto, segundo os líderes estudantis, não se criticará Li Peng, a figura mais contestada desde o início do movimento e que acabou por sair vitorioso da crise, em detrimento de Zhao Zyiang", escreveu o nosso jornal.."Segundo os observadores, citados pela France-Presse, a manifestação de hoje, a concretizar-se, deverá ser o canto de cisne do movimento de contestação. Ontem à tarde, eram menos de dez mil os estudantes que ainda se encontravam em Tiananmen. O presidente da Assembleia Nacional Popular, Wan Li, entretanto, voltando atrás nas suas afirmações em Toronto, manifestou o seu apoio a Deng Xiaoping, a Li Peng e à lei marcial, que considerou 'necessária' em face de 'um pequeno grupo de elementos ter tentado derrubar os principais dirigentes do partido e do Governo'", podia ler-se..Porém, após avanços e recuos, a 4 de junho o governo chinês ordenou uma repressão sangrenta sobre o movimento estudantil, dissolvendo o protesto com recurso aos tanques e à infantaria do exército, provocando centenas ou até mesmo milhares de mortes.