Estátua em memória das vítimas de Tiananmen retirada da Universidade de Hong Kong
Uma estátua de homenagem às vítimas da repressão de Tiananmen foi retirada da Universidade de Hong Kong (HKU), na quarta-feira, após 24 anos no local, disseram responsáveis da instituição de ensino.
"A decisão relativa à velha estátua foi tomada na base de um aviso jurídico externo e de uma avaliação dos riscos, no melhor interesse da universidade", anunciou a instituição, em comunicado.
Este acontecimento ocorre quando Pequim exerce um vigoroso controlo sobre Hong Kong, após as gigantescas manifestações pró-democracia de 2019.
O massacre de Tiananmen aconteceu em 1989.
Os Governos do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia expressaram esta semana "profunda preocupação com a erosão democrática" em Hong Kong, que no domingo realizou eleições em que parte da oposição foi vetada.
"A reforma do sistema eleitoral de Hong Kong introduzida este ano reduziu o número de lugares diretamente eleitos e estabeleceu um novo processo de veto para restringir severamente a escolha de candidatos nos boletins de voto", afirmaram os cinco governos, num comunicado conjunto.
O Presidente chinês, Xi Jinping, por seu lado, elogiou na quarta-feira as primeiras eleições legislativas de Hong Kong realizadas sob novas leis que garantem que apenas "patriotas" que mostraram lealdade a Pequim se podem candidatar.
As eleições do passado domingo para o Conselho Legislativo, com 90 lugares, foram vencidas por políticos apoiados pelo Partido Comunista da China e apenas 20 deputados foram eleitos diretamente.
A taxa de participação no escrutínio foi de 30,2%, a mais baixa desde que os britânicos entregaram Hong Kong à China, em 1997.
Todos os candidatos foram previamente avaliados por uma comissão claramente apoiante do regime chinês.