Estado tinha 33 empresas em "falência técnica" no final de 2020

Mais depauperadas em capital (não financeiras) eram Metro do Porto, TAP, CP, STCP e Transtejo. Parvalorem e Parups (ambas ex-BPN) também estavam bastante mal.
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O Estado português tinha 33 empresas não financeiras (como operadores de transportes público e da saúde) em "falência técnica" no final de 2020, revelou o Conselho das Finanças Públicas (CFP) num estudo divulgado esta terça-feira.

No ranking das mais depauperadas em capital (não financeiras) estavam, por esta ordem, Metro do Porto, TAP, CP, STCP (Transportes Coletivos do Porto) e Transtejo, refere a mesma fonte.

Mas ampliando o universo de análise com as empresas ditas financeiras, aparecem dois veículos do defunto BPN que ainda gerem os ativos mais difíceis e de pior qualidade do banco privatizado em 2008: Parvalorem e Parups. A Parvalorem tinha a pior situação de capital nas 143 empresas observadas pelo CFP.

O Conselho defende que este novo trabalho -- Sector Empresarial do Estado, SEE 2019-2020 -- "constitui um documento pioneiro", "tornado agora possível, em grande medida, pelo acesso a informação disponibilizada pelas várias entidades relevantes".

O relatório dá "um retrato detalhado da situação patrimonial das 143 empresas públicas que constituem o Sector Empresarial do Estado (SEE), em especial das 88 empresas não financeiras".

Destas 88, quase 40% das não financeiras (as referidas 33 empresas altamente descapitalizadas, em negativos) estavam, na prática, falidas no final do primeiro ano da pandemia.

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