Espanha revê risco de contágio e inclui falar alto, gritar e cantar em espaços fechados
O Ministério da Saúde de Espanha adotou as provas científicas que apontam os aerossóis como uma via de transmissão do coronavírus e estabeleceu que o risco aumenta em ambientes fechados e repletos, especialmente em espaços mal ventilados, e com atividades como o exercício físico, falar alto, gritar ou cantar.
Na mais recente atualização do documento de informação técnico-científica sobre a doença do novo coronavírus, o Ministério da Saúde espanhol dedica pela primeira vez uma secção à transmissão por aerossóis e reviu todas as correntes provas e conclusões de investigação publicadas por epidemiologistas e outros especialistas.
O Ministério sediado em Madrid, informa o La Vanguardia, conclui que "no atual estado do conhecimento científico existem provas científicas consistentes de que a transmissão do vírus SARS-CoV-2 por aerossóis deve ser considerada como uma via de transmissão para além das já reconhecidas anteriormente (contacto com secreções respiratórias ou com objetos).
A atualização do documento também passa a alertar sobre as possíveis consequências da doença. Agora estão descritas complicações como fibrose pulmonar, deterioração da função pulmonar, neuropatias, comprometimento do sistema cardíaco e músculo-esquelético. A anterior versão do documento, datada de agosto, informava que se desconhecia a existência de sequelas.
Outra novidade do documento é que passa a assinalar a gravidez como uma situação de risco acrescido de complicações, tanto pela própria gravidez como pela doença. Contudo, nos recém-nascidos, embora haja mais probabilidades de parto prematuro, o desfecho clínico da covid tem um bom prognóstico.