Espanha presta homenagem às vítimas do atentado de 2004 em Madrid

No dia 11 de março de 2004, 191 pessoas morreram num ataque terrorista. 15 anos depois, data é dedicada a homenagear as vítimas e a recordar o ataque.
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O maior atentado terrorista da Europa e da história espanhola teve lugar na manhã do dia 11 de março de 2004, em que dez bombas explodiram em quatro comboios que faziam a ligação entre Alcalá de Henares e a estação madrilena de Atocha. Hoje, passados 15 anos, políticos, agentes sociais, associações de vítimas e cidadãos reuniram-se para recordar o ataque realizado por uma célula islamita radical, ligada à Al-Qaeda e homenagear as 192 vítimas mortais.

As cerimónias oficiais começaram às 09:30 (08:30 em Lisboa) na Puerta del Sol, no centro da capital espanhola. Encontram-se presentes, entre outros, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, o presidente do Partido Popular, Pablo Casado, o presidente da Comunidad de Madrid, Angel Garrida, e a presidente da câmara, Manuela Carmena.

"Não os esquecemos", escreveu o chefe do Executivo, Pedro Sánchez numa mensagem que difundiu através da rede oficial Twitter pouco antes do início da cerimónia. Outros cidadãos utilizaram também a rede social para prestar a sua homenagem às vítimas e mostrar que não esquecem o atentado, utilizando a hastag#Memoria11M.

Durante a manhã, na estação de comboios de Atocha, vai decorrer uma homenagem que conta com representantes da Associación 11M Afectados por el Terrorismo, que integra sobreviventes e familiares das vítimas, além de representantes da autarquia.

Ao princípio da tarde, no Parque do Retiro vai decorrer uma cerimónia promovida pela Associação de Vítimas do Terrorismo, junto ao local onde foram plantados 192 ciprestes que integram o "Bosque da Memória", feito em homenagem às vitimas.

Ao longo do dia, membros do executivo e associações de vítimas vão prestar homenagem aos mortos em vários pontos da capital e no município de Alcalá de Henares, local de onde partiu um dos comboios atingido pelos terroristas.

No total, 192 pessoas de 17 nacionalidades morreram nos atentados: 34 morreram no comboio que explodiu na estação de Atocha, 62 na rua Téllez, onde passava outra composição, 65 na estação de Poso, 14 na estação de Santa Eugénia e 16 que acabaram por não resistir aos ferimentos e que se encontravam nos vários hospitais para onde foram transportadas, de acordo com a agência Lusa.

A última vítima dos atentados morreu em 2014 depois de ter estado dez anos em estado de coma devido aos ferimentos provocados pelas explosões dos terroristas suicidas.

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