"A Agência espanhola do Medicamento e Produtos Sanitários (AMPS) não tem conhecimento de qualquer investigação sobre este assunto", disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério da Saúde de Madrid, após ser contactado sobre o inquérito aberto pelo Infarmed..Fonte do Ministério de Paulo Macedo informou segunda-feira a Lusa de que a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) abriu um inquérito a nível nacional para averiguar um eventual esquema de importação ilegal de vacinas da gripe desde Espanha..A Autoridade do Medicamento (Infarmed) esclareceu entretanto que foi apenas numa farmácia, e em quantidade muito reduzida, que encontrou vacinas contra a gripe importadas ilegalmente, adiantando ter alargado a inspeção a todo o país..Paula Almeida, membro do conselho diretivo do Infarmed, em declarações segunda-feira aos jornalistas, pouco mais adiantou sobre o esquema de "aquisição indevida" de vacinas oriundas de Espanha e que não terão autorização de introdução no mercado português, não terão sido inspecionadas lote a lote e poderão não ter respeitado condições específicas de transporte, como a obrigatória refrigeração.."Temos que ver se são medicamentos que não cumprem a legislação em Espanha", acrescentou..Em declarações posteriores à Lusa, o presidente do Infarmed alertou para o risco de as vacinas que entraram ilegalmente no país serem falsificadas e adiantou que chegaram a ser vendidas e administradas a utentes, tendo sido pedida a comparticipação do Estado..Eurico Castro Alves disse estar em causa a "eventual entrada de medicamentos falsificados e de origem desconhecida" no mercado português, uma situação que classifica de "gravíssima porque põe em causa a segurança das pessoas".."Há indicadores inegáveis da entrada ilegal [das vacinas] no país", agora é preciso descobrir se há mais, quais os circuitos que seguem, quem as fabrica, se são falsificadas, disse na segunda-feira, sublinhando ter sido, por isso, lançada de imediato uma "operação à escala nacional para garantir que tal não acontece"..Para o presidente do Infarmed, é "inaceitável" que, num país desenvolvido, existam medicamentos falsificados ou de origem desconhecida a circular no mercado.