Escritor Arturo Pérez-Reverte condenado por plágio

O Tribunal Provincial de Madrid condenou o escritor e académico da língua espanhol Arturo Pérez-Reverte a pagar 80 mil euros ao cineasta Antonio González-Vigil, que processou o romancista por plagiar o guião do filme "Gitano", estreado em 2000.
Publicado a
Atualizado a

O tribunal atendeu parcialmente o recurso interposto por González-Vigil e pela empresa Dato Sur, S.L. contra a sentença ditada em 2008 pelo Tribunal de Primeira Instância número cinco de Madrid, que absolvia Arturo Pérez-Reverte e o realizador de cinema Manuel Palacios de copiar o guião do queixoso.

Já em 2003, González-Vigil apresentara uma queixa perante o Tribunal de Instrução número 29 de Madrid, que também foi arquivada.

Agora, oito anos depois do início do processo judicial em diferentes instâncias, o veredicto da 28.ª vara do Tribunal Provincial, ao qual a agência de notícias Efe teve acesso, considera provado que a linha argumental do guião de "Corazones Púrpura", de González-Vigil, "foi incorporada" na obra "Gitano", de Pérez-Reverte, "embora esta se encontre enriquecida com outros pormenores".

Na sentença, que não é definitiva e da qual Pérez-Reverte já apresentou recurso ao Supremo Tribunal, o juiz considera que existe "um alto grau de coincidência entre ambas as obras", após a leitura dos guiões e da análise de sete relatórios comparativos.

Quanto à pena, o tribunal reduziu para 80 mil euros a indemnização de 160.890 euros exigida por González-Vigil.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt