De acordo com a fonte, "tudo decorreu de forma tranquila, apesar dos ativistas terem afirmado ser sua intenção regressar hoje à Fontinha" para a realização de uma assembleia-geral..Milhares de pessoas - ativistas do coletivo Es.Col.A, populares e participantes das comemorações do 25 de Abril no Porto -- ocuparam na quarta-feira, cerca das 17:45, a antiga escola primária da Fontinha, quebrando o cadeado de proteção do portão e entrando no espaço de onde tinham sido expulsos pelas autoridades há uma semana..Durante toda a tarde, os ativistas retiraram as várias chapas de metal pregadas nas portas e janelas da escola que tinham sido colocadas por trabalhadores da Câmara do Porto.."s 22:00 de quarta-feira, a música foi desligada e as luzes da escola começaram a ser apagadas, tendo as pessoas arrumado as coisas e começado a abandonar a antiga escola primária da Fontinha para "não incomodar o bairro"..Em declarações aos jornalistas, Ana Afonso, elemento do movimento, explicou que a escola "nunca foi um espaço onde as pessoas ficassem a morar ou a dormir", com a exceção de alguns dias no pré-desalojo devido à "tensão", mas realçando que esta foi uma situação "pontual".."Eu creio que o que estará em discussão na assembleia-geral é como vamos limpar, reorganizar, recuperar as nossas coisas e voltar às atividades", disse, acrescentando que isso será feito "independentemente do que decidir a Câmara do Porto"..O movimento Es.Col.A ocupou a escola do Alto da Fontinha em abril de 2011, para dinamizar diversas atividades, desde hortas a teatro, passando por ioga e cinema, mas em maio desse ano foi despejado pela Câmara do Porto..A autarquia acabaria por ceder a escola ao movimento até dezembro de 2011, com o argumento de que a autarquia teria "em fase de negociação" um projeto municipal para aquele edifício, abandonado há cerca de cinco anos..O movimento revelou em fevereiro ter recebido uma carta da Câmara do Porto "a comunicar o término da cedência" e fonte oficial da autarquia revelou na altura ter autorizado o Es.Col.A a permanecer na escola até ao final de março, enquanto decorriam negociações sobre a ocupação do espaço.