Parece que foi ontem mas já vão longe os tempos em que bandas pop/rock espanholas, como os Mecano, Presuntos Implicados ou Alaska y los Dinarama, traziam a Portugal um "cheirinho" da movida madrilena. Mas, sem que entre nós se dê muito por isso, este género musical não continua, no país vizinho, preso à nostalgia dos loucos anos 80 e 90. Para o demonstrar, a Mostra Espanha, que está a decorrer em várias cidades portuguesas até ao princípio de 2022, traz à Fábrica de Braço de Prata, em Lisboa, a Spanish Rock Party, dividida por duas noites; 13 e 20 de novembro. Ao todo, serão seis bandas, de épocas e perfis muito diferentes, que se propõem pôr o público português a dançar. Em espanhol, por supuesto..A ideia, explica ao DN Maria Ángeles Fernandez, do Ministério da Cultura e do Desporto de Espanha, entidade responsável pela Mostra, "é dar uma ideia tão abrangente quanto possível da nossa Cultura. Estamos conscientes de que quando se fala em cultura espanhola no exterior, as pessoas tendem a associar a algo muito clássico e há mais, muito mais, e muito diferente".Com o propósito de trazer aos portugueses também a cultura callejera (cultura urbana) das cidades espanholas, a primeira noite da Spanish Rock Party, já este sábado, às 21 horas (com entrada livre) dá voz às rockers e, por isso, tem o título genérico de She makes Noise. Com propostas estéticas que vão da pop intimista ao rockabilly, passando pelo dream pop noise, passarão pelo palco Pauline en la Playa (uma referência na cena musical independente espanhola desde os anos 90) La Perra Blanco (banda originária da Andaluzia com inspiração na música dos anos 50 e com influências da musica negra, mas também rockabilly e country) e as jovens Rayo, que lançaram o seu primeiro álbum, Jungla, de forma independente mas que têm feito furor em vários festivais em Espanha..Já no sábado 20 de novembro (também às 21 horas) o programa No Siesta Tonight é assegurado pelos Terrier, banda consolidada no circuito underground espanhol, com três álbuns lançados e presença habitual nas listas dos melhores do ano; The Bo Derek"s, grupo de rock"n roll que se prepara para lançar um novo álbum feito já durante a pandemia e que se vai chamar... Infecatame, baby!; e Capsula, um trio basco-argentino que acaba de lançar um novo álbum de rock puro e duro. "Também aqui optamos pela diversidade de propostas", diz-nos Maria Ángeles, "mostrar que há muitas tendências e estéticas, incluindo uma banda feminina rockabilly, que é um subgénero tão tradicionalmente masculino"..Recorde-se que no passado sábado, também na Fábrica de Braço de Prata, atuaram os históricos La Frontera, bem conhecidos do público português pelo dueto com Rui Reininho no tema Sangue Oculto. Fundados em 1984 por Javier Andreu (voz), Tony Marmota (baixo), José Bataglio (batería), Quino Maqueda (guitarra) y Rafa Hernández (guitarra), a banda tem uma extensa discografia, cujo último título, 30 años en el limite, regista ao vivo o concerto do 30.º aniversário da banda, na Sala Sol, em Madrid. Na Fábrica de Braço de Prata, a atuação do grupo acompanhou uma exposição e performance no espaço exterior do seu baixista, Tony Marmota. Nos últimos anos, o músico tem vindo a trabalhar também em banda desenhada, design gráfico e têxtil, o que inclui a pintura mural e a street art. .Sabendo que quem vai ver o trabalho de Tony Marmota pode não ir ao Teatro Joaquim Benite, em Almada, ver uma peça de Lope de Vega (Não Come nem Deixa Comer, em cena até 5 de dezembro), Maria Ángeles diz: "Queremos chegar a um público tão diverso quanto possível, o que implica colaborar com instituições portuguesas muito diferentes. Tanto colaboramos com a Fundação de Serralves, o Museu Nacional de Arte Antiga ou os grandes teatros como estabelecemos parcerias com lugares mais informais e urbanos como a própria Fábrica de Braço de Prata. Em todas as áreas procuramos diversificar os públicos. No cinema, por exemplo, estamos a apresentar clássicos do cinema espanhol (na Cinemateca) mas também procuramos apresentar filmes para toda a família, no São Jorge." Até ao princípio de 2022, ainda há muito para ver e fazer na Mostra Espanha, numa programação que inclui artes cénicas, cinema, colóquios e exposições. Enquanto isso, a senhora infanta Isabel Clara Eugenia e sua amiga Magdalena Ruiz, pintadas por Adolfo Sanchez Coello, aguardam a sua visita, no Museu Nacional de Arte Antiga, até 2 de janeiro..dnot@dn.pt
Parece que foi ontem mas já vão longe os tempos em que bandas pop/rock espanholas, como os Mecano, Presuntos Implicados ou Alaska y los Dinarama, traziam a Portugal um "cheirinho" da movida madrilena. Mas, sem que entre nós se dê muito por isso, este género musical não continua, no país vizinho, preso à nostalgia dos loucos anos 80 e 90. Para o demonstrar, a Mostra Espanha, que está a decorrer em várias cidades portuguesas até ao princípio de 2022, traz à Fábrica de Braço de Prata, em Lisboa, a Spanish Rock Party, dividida por duas noites; 13 e 20 de novembro. Ao todo, serão seis bandas, de épocas e perfis muito diferentes, que se propõem pôr o público português a dançar. Em espanhol, por supuesto..A ideia, explica ao DN Maria Ángeles Fernandez, do Ministério da Cultura e do Desporto de Espanha, entidade responsável pela Mostra, "é dar uma ideia tão abrangente quanto possível da nossa Cultura. Estamos conscientes de que quando se fala em cultura espanhola no exterior, as pessoas tendem a associar a algo muito clássico e há mais, muito mais, e muito diferente".Com o propósito de trazer aos portugueses também a cultura callejera (cultura urbana) das cidades espanholas, a primeira noite da Spanish Rock Party, já este sábado, às 21 horas (com entrada livre) dá voz às rockers e, por isso, tem o título genérico de She makes Noise. Com propostas estéticas que vão da pop intimista ao rockabilly, passando pelo dream pop noise, passarão pelo palco Pauline en la Playa (uma referência na cena musical independente espanhola desde os anos 90) La Perra Blanco (banda originária da Andaluzia com inspiração na música dos anos 50 e com influências da musica negra, mas também rockabilly e country) e as jovens Rayo, que lançaram o seu primeiro álbum, Jungla, de forma independente mas que têm feito furor em vários festivais em Espanha..Já no sábado 20 de novembro (também às 21 horas) o programa No Siesta Tonight é assegurado pelos Terrier, banda consolidada no circuito underground espanhol, com três álbuns lançados e presença habitual nas listas dos melhores do ano; The Bo Derek"s, grupo de rock"n roll que se prepara para lançar um novo álbum feito já durante a pandemia e que se vai chamar... Infecatame, baby!; e Capsula, um trio basco-argentino que acaba de lançar um novo álbum de rock puro e duro. "Também aqui optamos pela diversidade de propostas", diz-nos Maria Ángeles, "mostrar que há muitas tendências e estéticas, incluindo uma banda feminina rockabilly, que é um subgénero tão tradicionalmente masculino"..Recorde-se que no passado sábado, também na Fábrica de Braço de Prata, atuaram os históricos La Frontera, bem conhecidos do público português pelo dueto com Rui Reininho no tema Sangue Oculto. Fundados em 1984 por Javier Andreu (voz), Tony Marmota (baixo), José Bataglio (batería), Quino Maqueda (guitarra) y Rafa Hernández (guitarra), a banda tem uma extensa discografia, cujo último título, 30 años en el limite, regista ao vivo o concerto do 30.º aniversário da banda, na Sala Sol, em Madrid. Na Fábrica de Braço de Prata, a atuação do grupo acompanhou uma exposição e performance no espaço exterior do seu baixista, Tony Marmota. Nos últimos anos, o músico tem vindo a trabalhar também em banda desenhada, design gráfico e têxtil, o que inclui a pintura mural e a street art. .Sabendo que quem vai ver o trabalho de Tony Marmota pode não ir ao Teatro Joaquim Benite, em Almada, ver uma peça de Lope de Vega (Não Come nem Deixa Comer, em cena até 5 de dezembro), Maria Ángeles diz: "Queremos chegar a um público tão diverso quanto possível, o que implica colaborar com instituições portuguesas muito diferentes. Tanto colaboramos com a Fundação de Serralves, o Museu Nacional de Arte Antiga ou os grandes teatros como estabelecemos parcerias com lugares mais informais e urbanos como a própria Fábrica de Braço de Prata. Em todas as áreas procuramos diversificar os públicos. No cinema, por exemplo, estamos a apresentar clássicos do cinema espanhol (na Cinemateca) mas também procuramos apresentar filmes para toda a família, no São Jorge." Até ao princípio de 2022, ainda há muito para ver e fazer na Mostra Espanha, numa programação que inclui artes cénicas, cinema, colóquios e exposições. Enquanto isso, a senhora infanta Isabel Clara Eugenia e sua amiga Magdalena Ruiz, pintadas por Adolfo Sanchez Coello, aguardam a sua visita, no Museu Nacional de Arte Antiga, até 2 de janeiro..dnot@dn.pt