Era Bruno de Carvalho originou duas expulsões de sócio
Expulso de sócio esta sexta-feira pelo Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do Sporting tal como o seu ex-vice Alexandre Godinho, Bruno de Carvalho viu duas exclusões ocorrem durante os cinco anos em que liderou os órgãos sociais do clube, entre 2013 e 2018.
O primeiro foi Luís Godinho Lopes, precisamente o antecessor de Bruno de Carvalho, em junho de 2015 numa decisão sufragada em assembleia geral (AG) devido a "infrações disciplinares muito graves para a imagem e património" do Sporting. Na sequência desta decisão, tomada pelo CFD na altura liderado por Bacelar Gouveia, esteve a auditoria a dois anos de gestão de Godinho Lopes, tendo-se concluído que existiram "graves irregularidades".
Nessa mesma AG, Luís Duque foi suspenso de sócio por um ano. Já Nobre Guedes, falecido em julho de 2017, e Carlos Freitas viram os seus processos arquivados pois pediram voluntariamente para deixarem de ser sócios no final do consulado Godinho Lopes.
Quase dois anos e meio depois, foi a vez de Paulo Pereira Cristóvão, ex-vice-presidente leonino na era Godinho Lopes (2011 a 2013) e candidato às eleições de 2009, "por violação dos Estatutos e inobservância de vários deveres a que todos os sócios estão obrigados, considerando, ainda para mais, o estatuto de utilidade pública da Instituição". Porém, a situação de Cristóvão já estava pendente desde 2013, na sequência do caso Cardinal, no qual foi punido por quatro anos e meio de prisão com pena suspensa por dois crimes de peculato, um de de acesso ilegítimo e por denúncia caluniosa agravada do árbitro José Cardinal, que viu depositados dois mil euros na sua conta dois dias antes de um Sporting-Marítimo a contar para a Taça de Portugal.