Entre o défice cerealífero e o armistício

Ao lado da notícia da má <em>performance </em>económica do país, a segunda notícia de maior destaque vinha de fora: "Na Europa, foi ontem assinado o armistício entre polacos e bolchevistas", escrevia o DN neste dia, em 1920.
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"Nos últimos dois anos, o défice cerealífero custou ao Estado 70 mil contos", escrevia o DN neste dia, em tom de escândalo e aventando mesmo que "esse desperdício" poderia ter sido evitado, "com largo proveito para o país". A notícia económica, assinada pelo "antigo deputado da Constituinte" Tiago Sales, ocupava praticamente duas colunas de alto a baixo, rasgando as opções públicas e os seus resultados para Portugal.

Ao lado dessas novas - e das que davam conta do mistério do local de nascimento de Camilo: "Não há provas de que tivesse sido no prédio do Largo do Carmo; o Arquivo do Tribunal de Contas nada continha que o provasse e o incêndio das Encomendas Postais impediu a continuação das investigações", explicava-se -, o mais importante que vinha de fora.

Escrevia o DN que fora assinado, na véspera, "o armistício entre polacos e bolchevistas". "Se for renovado o bloqueio da Rússia, os aliados apelarão para o concurso da Alemanha", acrescentava este jornal, explicando em detalhe a situação de alemães, polacos e russos, menos de dois anos depois do fim da I Guerra Mundial.

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